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O que fazer em um cenário no qual apenas 53% das pessoas confia na inteligência artificial?

Em artigo, CEO da startup Tech4Humans discute a confiança global na tecnologia

Robot and young woman face to face. (imaginima/Getty Images)

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Publicado em 20 de agosto de 2024 às 10h00.

Última atualização em 20 de agosto de 2024 às 10h15.

Por Fernando Wolff*

A Inteligência Artificial está cada vez mais presente em nosso dia a dia. À medida em que ela avança, diversos setores da sociedade são impactados, o que gera curiosidade, medos  e incertezas. 

A sociedade está dividida porque enquanto alguns estão  preocupados com a possibilidade da IA substituir a mão de obra humana, aumentando o desemprego e desigualdade, outros a enxergam como ferramenta poderosa para melhorar a eficiência e criar novas oportunidades. 

Baixa aceitação é uma tendência que está em alta

Uma pesquisa da  KPMG, consultoria global de RH, mostra  que 67% das pessoas têm aceitação baixa ou moderada da IA, sendo que as aplicações em recursos humanos são as menos confiáveis e aceitas, enquanto o uso na área da saúde é o mais confiável.

Já em levantamentos recentes a confiança global de IA caiu de 61% em 2019 para 53% atualmente. Além disso, uma pesquisa do World Economic Forum revelou que 60% dos adultos esperam que os produtos e serviços usando IA mudem significativamente suas vidas nos próximos três a cinco anos.

Porém, com a IA se integrando na vida das pessoas, elas se tornam mais conscientes dos seus benefícios e riscos. De acordo com o Relatório Global de Novos Seguidores, realizado pela agência internacional Marco com a Cint, no Brasil o cenário de IA é de otimismo: apenas 42% disseram estar apreensivos com o tema, enquanto a média ao redor do mundo é de 58%.

O que empresas devem fazer para aumentar a confiança na inteligência artificial?

Para aumentar a confiança do público, é fundamental que as empresas do setor e governos implementem práticas transparentes e éticas na aplicação de IA, bem como marcos regulatórios que estabeleçam o uso responsável e beneficie a sociedade como um todo. 

Criar comitês de ética e auditorias de IA podem ajudar a diminuir as preocupações do público, além de garantir uma aplicação mais segura e ética da tecnologia. Além disso,  é importante também haver uma educação sobre IA, com campanhas e iniciativas que mostrem  seus benefícios e riscos e como ela pode ser utilizada, reduzindo o medo e a desconfiança, ao mesmo tempo em que mostra uma visão mais equilibrada da tecnologia. 

A meu ver, acredito que o futuro da Inteligência Artificial é promissor, apesar do longo caminho de avanços e desafios. Para que a confiança seja estabelecida, é essencial que haja um trabalho conjunto entre empresas e governos para que as tecnologias sejam utilizadas de forma responsável e ética, sem deixar de lado a humanidade. 

*Fernando Wolff, é CEO e sócio-fundador da Tech4Humans.

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