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Mauro Wainstock: pare de fazer networking! Chegou a vez do netweaving

Entenda por que você deve começar a praticar o netweaving em vez do tão conhecido networking

Novo paradigma de relacionamento tem foco no outro (VioletaStoimenova/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 19h30.

Última atualização em 5 de dezembro de 2022 às 19h44.

Sinto informar, mas o networking está obsoleto! Explico: não adianta a gente estabelecer relacionamentos pensando exclusivamente nos objetivos que nós temos. Não é eficaz criarmos uma conexão pelo simples achismo de que aquele profissional pode nos ser útil brevemente.

Isto é apenas interesse; não é genuíno!

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O foco não deve estar no seu “eu”, mas no entendimento de que alcançar a sua meta será uma consequência da ajuda que estamos prestando. E não necessariamente àquele profissional com o qual queremos nos relacionar. Muitas vezes o benefício chega de forma indireta, por recomendação espontânea. E isto tem muito mais valor.

Percebendo isto, o consultor americano Robert Littell realizou vários estudos, cunhou a expressão “Netweaving” e lançou o livro The Heart and Art of Netweaving: Building Meaningful Relationships One Connection At a Time.

O termo é uma mudança de paradigma: “O netweaving é centrado no outro, enquanto o networking é autocentrado”, diz. A ideia é que a contribuição para o outro não esteja atrelada à expectativa de prazos. Em resumo, a pergunta que deve ser feita é: “como posso te ajudar agora?”. E só. Pare por aí!

Por um lado, a satisfação pessoal de quem aplica o netweaving é imediata e incomensurável. Por outro, abraçar o outro em um momento delicado provoca uma reação mágica e intensa na mente daqueles que foram beneficiados, que se sentem na obrigação de contribuir de alguma forma, em algum momento. O retorno, sem data prevista, é proporcional ao quanto você conseguiu ter sido útil, generoso e impactar positivamente. E, muitas vezes, ele é bem maior do que você imaginou.

Robert Littell destaca que o conceito é extremamente mais poderoso para criar relacionamentos duradouros e permite fortalecer a marca profissional de forma sólida e orgânica, ampliando consequentemente também a reputação.

Por sua vez, Gutemberg Macedo, autor do livro Guia de Sobrevivência Corporativa, corrobora com este pensamento e vai além: “O netweaving representa um avanço significativo na construção de uma rede de relacionamentos, pois incentiva o cultivo de amizades verdadeiras, saudáveis, positivas, construtivas e divorciadas de interesses puramente egoístas e materialistas".

Neste mundo corporativo, povoado de decisões solitárias, trocar conhecimento e experiências com outros profissionais é uma atitude tão sensata quanto produtiva. Neste sentido, as mentorias são oportunidades de gerar insights, de propiciar ganhos bilaterais, de acelerar a evolução pessoal e profissional e, claro, de incrementar relacionamentos. E isto é valioso para ambos os envolvidos.

Cada um de nós tem vivências únicas e histórias exclusivas que devem ser compartilhadas. Todos nós temos muito a aprender e a ensinar. Então... vamos aplicar o Netweaving na prática? Finalizo parafraseando Aristóteles: “É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”. Bora fazer acontecer!

*Mauro Wainstock é sócio-fundador do HUB 40+, consultoria empresarial focada no público acima dos 40 anos

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