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Jornalista de educação é mulher branca, sudestina e com pós-graduação

Pesquisa da Jeduca mostra que maioria migrou para regime de home office pós-pandemia de covid-19 e sofreu com saúde mental

Jornalista de educação é mulher branca sudestina com pós-graduação (Sim. Jeduca/Divulgação)

Jornalista de educação é mulher branca sudestina com pós-graduação (Sim. Jeduca/Divulgação)

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Publicado em 30 de julho de 2021 às 16h00.

Última atualização em 30 de julho de 2021 às 16h47.

A Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação) divulga hoje os resultados da pesquisa realizada com seus associados, uma rede de 1.409 profissionais de comunicação de todo o país. A pesquisa tem como objetivo traçar o perfil do jornalista que atua na área, seus interesses e dificuldades no trabalho com o tema e os impactos da pandemia em sua rotina. Entre os entrevistados, 87% deles são jornalistas de formação e a maioria é composta por mulheres brancas.

Os dados foram divulgados  esta semana no YouTube e Facebook da Jeduca. O evento contou com a participação dos jornalistas Mariana Tokarnia (diretora da Jeduca), Claudia Nonato (coordenadora da pesquisa), abertura de Fábio Takahashi (presidente da Jeduca) e mediação de Marta Avancini (editora pública da associação). A Bússola teve acesso ao resultado da pesquisa e compartilha abaixo o perfil do jornalista de educação no Brasil.

Quem é o jornalista que atua na área?

 A maioria é composta por mulheres (66,3%), brancas (79,3%), reside na região Sudeste (70,5% — com destaque para São Paulo (56,1%), na faixa etária entre 31 e 40 anos (39,6%), recebe entre R$ 4.401,00 e R$ 6.600,00 ao mês (26,3%) e tem pós-graduação completa ou incompleta (76,4%).

Produtores de conteúdo jornalístico ou noticioso para o público são maioria dos associados 56,9%. Mas a maioria dos associados não está vinculada a um veículo de imprensa (62,4%). Entre os que estão (37,6%), 12,2% atuam em editoria de Educação e 9,2% em Cidades/Cotidiano. O principal espaço de trabalho são as instituições do terceiro setor (22%), seguidos das instituições educacionais (18,9%), jornais impressos ou online (11,9%) e portais de notícia (10,8%).

A maior parcela (28,4%) é de jornalistas que atuam na área entre 6 e 10 anos. Na sequência, vêm aqueles que trabalham com jornalismo de educação há menos de cinco anos (22,8%) e os que trabalham na área entre 11 e 20 anos (20,9%).

A pesquisa levou em consideração o interesse do profissional pela área, e 44,2% dos entrevistados informam que ingressaram no jornalismo de educação por gostar deste mercado ou ter interesse pessoal nele.

Sobre os impactos da pandemia no trabalho, a maioria migrou exclusivamente para o regime de home office (61,6%) e quase 30% dos comunicadores afirmaram terem tido problemas de saúde física e/ou mental. Em contrapartida, a pesquisa mostra que 22,9% iniciaram um novo projeto, 13% conseguiram um novo emprego e 11,3% tiveram mais qualidade de vida. A suspensão de contratos de trabalho ou perda de clientes afetou 10,9% e 4,6% foram demitidos.

A pesquisa também abordou os principais tópicos destacados durante o isolamento social pelos profissionais, que apontaram assuntos relacionados diretamente à pandemia como o foco principal durante este período, ultrapassando temas como políticas públicas e o direito à educação.

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