Inversores híbridos podem reduzir prejuízo no mercado de energia solar, que já chega a R$ 3 bi
Entenda como a tecnologia soluciona o problema da inversão de fluxo, maior responsável pela reprovação de projetos de energia solar
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Publicado em 12 de setembro de 2023 às 13h40.
Última atualização em 12 de setembro de 2023 às 13h52.
O mercado de energia solar tem enfrentado desafios para a expansão da geração distribuída (GD). O aumento de suspensões e cancelamentos de projetos fotovoltaicos por parte das reguladoras já gerou um prejuízo de mais de R$ 3 bilhões ao segmento, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Diante desse cenário, tecnologias de inversores híbridos têm ganhado espaço para reduzir as chances de reprovações em projetos de GD, uma vez que evitam a inversão de fluxo, um dos principais motivos para a rejeição dos projetos pelas autoridades regulatórias.
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Mas o que é um inversor híbrido e quais as vantagens dessa tecnologia?
Um inversor híbrido é um componente essencial em sistemas de geração de energia solar . Ele desempenha um papel importante na conversão da corrente contínua (CC) gerada pelos painéis solares em corrente alternada (CA) utilizável para alimentar uma residência ou empresa. O destaque está na capacidade dos inversores híbridos de armazenar energia em baterias para uso posterior,o que os torna uma solução versátil para otimizar a eficiência e a confiabilidade de sistemas de energia solar.
A tecnologia é capaz de evitar períodos de falta de energia, principalmente no cenário de aumento da frequência de apagões. O inversor possibilita que os proprietários mantenham acesso à energia armazenada em suas baterias, garantindo uma fonte confiável e contínua de eletricidade.
Como a inversão de fluxo pode afetar instalações com painéis solares?
A inversão de fluxo em sistemas de energia solar ocorre quando a energia gerada pelos painéis solares excede a demanda atual e é injetada de volta na rede elétrica. Embora isso possa parecer benéfico, pode causar sobrecarga e instabilidade na rede, além de potencialmente violar regulamentações locais de energia.
Caso a reguladora constate no projeto a possibilidade de inversão de fluxo, é gerada, então, a reprovação, impossibilitando a instalação de painéis solares no local. Além disso, a energia excessiva enviada de volta para a rede muitas vezes não é recompensada adequadamente, o que pode afetar negativamente o retorno financeiro do investimento em energia solar.
Soluções disponíveis no mercado brasileiro
No Brasil, já temos algumas opções de inversores híbridos disponíveis no mercado. O lançamento mais recente pertence à Solfácil , ecossistema de energia solar latino-americano, que acaba de disponibilizar em seu e-commerce um inversor híbridodesenvolvido pela Goodwe, líder mundial em armazenamento de energia solar. A tecnologia chega após um investimento de mais de R$ 100 milhões na inauguração do Centro de Distribuição, em Pernambuco, Nordeste, reforçando a posição da empresa como distribuidora de equipamentos fotovoltaicos.
O dispositivo da Solfácil é inteligente e monitora continuamente a demanda de energia e a geração solar, direcionando automaticamente o excesso de energia para armazenamento em baterias ou outros dispositivos de consumo, evitando assim a sobrecarga da rede elétrica.Visão geral do mercado de energia solar e projeções para o desempenho do novo inversor
O Brasil continua a ser um dos principais destinos para investimentos em energia solar, mantendo suas características que o posicionam como o terceiro maior mercado global nesse setor, seguindo apenas atrás da China e da Índia, ambos com populações que ultrapassam a marca de 1 bilhão de habitantes. No entanto, o mercado começou o ano de forma cautelosa, em resposta à antecipação da demanda por energia solar devido à implementação do Marco Legal da Geração Distribuída, regulamentado pela Lei nº 14.300.
Com a crescente busca por aprovação de projetos de energia solar, é possível prever um aumento na procura por inversores híbridos, especialmente em economias emergentes, onde a adoção da energia solar está em franca ascensão. Também é esperado que inversores sejam projetados com flexibilidade, capazes de se adaptar a uma variedade de configurações, desde sistemas residenciais de pequena escala até empreendimentos comerciais e industriais de grande porte.
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