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Inovação traz revolução para o setor de seguros, mas ainda há desafios

Terão vantagens empresas que consigam manter o negócio funcionando enquanto desenvolvem novos modelos e novos mercados

Entrar atrasado em um novo mercado pode custar a vida de uma empresa (Pattanaphong Khuankaew/EyeEm/Getty Images)

Entrar atrasado em um novo mercado pode custar a vida de uma empresa (Pattanaphong Khuankaew/EyeEm/Getty Images)

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Publicado em 7 de julho de 2021 às 11h56.

Por Antonio Carlos Costa

A digitalização chegou e com ela estamos presenciando uma verdadeira revolução no setor de seguros. Vistoria prévia presencial, emissão de apólice física com seu respectivo carnê de pagamento, protocolo de propostas físicas, para citar alguns exemplos, já fazem parte do acervo de tempos pretéritos. Processos digitalizados, utilização de inteligência artificial e de algoritmos, bem como o advento de insurtechs operando com marco regulatório específico e devidamente aprovado pela Susep estão transformando nosso setor, mas precisamos ficar atentos aos grandes e pequenos sinais, faróis para decifrarmos o que fará sentido para o consumidor do futuro, ou melhor, do amanhã. Então estamos no caminho certo e nada precisa mudar?

O cientista e futurista Roy Amara definiu uma regra muito importante quando tratamos de novas tecnologias: “Nós tendemos a sobrestimar o efeito de uma tecnologia em curto prazo e a subestimar o efeito em longo prazo”. Precisamos aprender a nos estruturar de forma multidisciplinar e encorajar nossas empresas a errar rápido e regularmente, construindo cada vez mais uma cultura que estimula e apoia a inovação continuada.

As empresas que conseguirem estruturar uma estratégia ambidestra terão vantagem competitiva. E o que significa ser uma empresa ambidestra? É ter a capacidade de abrir duas frentes: uma para pagar as contas hoje e outra para pagar as contas no futuro. Sim, temos que cuidar dos clientes já conquistados, pagar os salários e as demais despesas operacionais e gerar lucro aos nossos acionistas, mas também precisamos desenvolver novos modelos de negócios, novos mercados, novos produtos ou serviços hoje inexistentes e que serão demandados daqui a dez anos.

Vejo, por conseguinte, dois grandes desafios pela frente. Não subestimar as novas tecnologias, modelos de negócios e/ou produtos e serviços. Algumas dessas novidades se tornarão escaláveis e dominarão determinado segmento. E entrar atrasado nesse “novo mercado” pode custar a sua existência como empresa. Por outro lado, o grande desafio é manter e aprimorar os negócios existentes e que fazem sentido para o consumidor do agora. E em paralelo estruturar equipes de inovação para pensarem nas hipóteses impossíveis, ou ainda não pensadas, colocando-as em prática, testando, errando e consertando de forma ágil até que tenhamos uma nova e viável ideia que garantirá o futuro da empresa.

*Antonio Carlos Costa é presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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