Precisamos estar conectados à inovação, colaboração e ao protagonismo (foto/Thinkstock)
Bússola
Publicado em 23 de setembro de 2021 às 18h07.
Por Alice Salvo Sosnowski*
Que o mundo passou por uma transformação radical nos últimos anos não é mais novidade para ninguém. As evoluções tecnológicas, a automação, a inteligência artificial, a cultura digital e a robótica já fazem parte do nosso dia a dia mudando a forma como interagimos, trabalhamos e vivemos em sociedade.
No entanto, a educação antiga nos ensinou a viver num mundo analógico, onde as habilidades requeridas eram bem diferentes. Aprendemos na escola a acumular conteúdo, lidar com a escassez e competir por espaços limitados no mercado de trabalho.
Agora, a nova economia exige uma outra mentalidade, conectada à inovação, à colaboração e ao protagonismo. Mas como agir assim se aprendemos de outra forma?
A única saída é olhar para dentro e resgatar valores essencialmente humanos, utilizando habilidades que nenhum robô ou máquina é capaz de imitar.
Relacionamento interpessoal, comunicação, liderança, autonomia, compaixão, empatia vão muito além das qualificações técnicas e fazem parte da essência humana que foi atrofiada por uma sociedade industrial mecanicista.
Nunca é tarde, porém, para resgatar nossa essência humana e redescobrir potencialidades subaproveitadas dentro de nós. Como diria o escritor e futurista norte-americano Alvin Toffler: “Os analfabetos do século 21 não serão aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender”.
É hora de usar nossa força interior, imaginação, criatividade e energia vital para reaprender habilidades humanas, deixar florescer talentos adormecidos e exercitar a curiosidade, a criatividade e a colaboração para cocriar realidades.
As habilidades mais propícias para a nova economia passam pelo humanismo, pelas competências sociais, pela inteligência emocional e pela capacidade de se adaptar e se transformar na mesma velocidade das tecnologias.
Isso te anima ou te assusta? Se parece difícil, aqui vai uma dica importante: olhe para dentro e identifique aquilo que faz seu coração vibrar. O caminho para exercitar as soft skills nesse novo mundo começa pelo sentir. Confie na sua intuição, transcenda o pensamento lógico e aprenda a usar a sabedoria como fonte de inovação. Aquela capaz de integrar os conhecimentos ancestrais com as inteligências do futuro. Esse é o pulo do gato na nova economia.
*Alice Salvo Sosnowski é jornalista, consultora de negócios e especialista em empreendedorismo e soft skills. Foi eleita em 2019 uma das Top Voices no Linkedin. Criadora da metodologia O Pulo do Gato Empreendedor, que desenvolve habilidades para os desafios do século 21. Atua como mentora de empreendedores, startups e empresas.
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