Segundo agência, diversidade continua em alta no mercado de influência (Milan Markovic/Getty Images)
Bússola
Publicado em 17 de janeiro de 2023 às 10h20.
Última atualização em 17 de janeiro de 2023 às 10h56.
A Nielsen, empresa especializada em estudos de mercado, revelou em suas pesquisas que o Brasil é líder mundial em números de influenciadores digitais, na categoria Instagram. São cerca de 10,5 milhões, com pelo menos 1 mil seguidores cada, demonstrando que o mercado do chamado “Marketing de Influência” vem cada vez mais ganhando força em solo brasileiro.
Gigi Grandin, cofounder da Grapa Digital, revela que em relação a 2021, a empresa especializada em marketing de influência cresceu cerca de 400%. Em 2022 o faturamento total foi de R$30 milhões, levando em consideração que até o momento, a empresa já faturou cerca de R$28 milhões.
“Com o avanço desse mercado, muitos negócios passaram a procurar não só nossos influenciadores, como principalmente nosso know how e experiência para realizar ações e parcerias. Com este crescimento exponencial, prevemos um faturamento de R$50 milhões para o próximo ano”, diz.
Por causa deste crescimento, Nicole Pappon, cofounder da Grapa Digital acredita que 2023 será um ano de desafio, pois com a expansão do mercado, será necessário trazer campanhas inovadoras para obter maior destaque entre seus concorrentes e conseguir mais notoriedade em outras plataformas.
"Não apenas isso, mas também será de suma importância nos mantermos atentos a novas tecnologias que estão por vir. Esse será um ponto importante para ganharmos mais espaço em novas plataformas como o BeReal e também o TikTok Now", afirma.
Gigi diz que para que novas parcerias sejam bem sucedidas, os consumidores precisam mais do que apenas a publicidade tradicional.
"Eles precisam que as pessoas digam a eles para comprar o produto, seja porque um influenciador o endossou ou porque viram alguém fazer isso. É importante observar que ser um influenciador não é um hobby; é uma profissão que exige muita dedicação. Fazer fotos ou vídeos de celular simplesmente para diversão pessoal não é suficiente para se tornar um influenciador. Os consumidores exigem notícias de qualidade e pessoas experientes", diz.
O pilar que sustenta e impulsiona o sucesso da Grapa Digital é o atendimento especializado que preza sempre pelo cuidado, diz a empresária.
"Criar uma base adaptativa para este pilar permite investir em inovação e criatividade dentro da equipe interna da agência, bem como fora dos criadores de conteúdo para as campanhas", declara.
As empresárias apontam que ainda existe um constante amadurecimento na área e contam que foi da necessidade de profissionalizar as relações entre marcas e influenciadores que a agência foi criada, conquistou rapidamente sua relevância e estabeleceu seu lugar no mercado.
"2022 foi um cenário pós-pandêmico, trazendo alguns desafios para a Grapa , como a readequação de verbas e esse novo cenário de marketing que, até o momento, era um tanto quanto desconhecido. As sócias afirmam que a Grapa Digital prestou um trabalho fundamental para mostrar aos clientes os novos nomes que surgiram durante esse período e indicar as melhores opções de influenciadores para cada campanha. “Atuamos como uma peça essencial para a fluida execução das relações entre marcas e influenciadores e trouxemos profissionalização e estrutura para influenciadores que chegaram no mercado”, afirma.
Somando um total de 83 influenciadores de diversos nichos e segmentos, mais de 500 clientes atendidos e inúmeras campanhas desenvolvidas e realizadas ao redor do mundo, a Grapa Digital possui cases de sucesso e se tornou especialista na contratação de influenciadores e celebridades para as mais diversas campanhas, tais como:
Reflorestamento da área do Bruno Gissoni com a marca Mãe Terra; lançamento do cartão Rainbow voltado ao público LGBTQIAPN+ com a possibilidade do uso do nome social no cartão; o lançamento da Isabela Bragança como embaixadora da Nike; além de ter contratado celebridades como Rafael Cardoso, Felipe Simas, Samara Felippo, Rafa Kalimann, Rodrigo Simas, entre outras.
Para 2023, existem algumas tendências que Nicole e Gigi apontam serem importantes para o futuro do marketing de influência. Segundo a empresária, é a consolidação do conteúdo como prioridade, pois os dias dos influenciadores que acham que basta uma foto ao lado do produto está chegando ao fim. As empresas que passaram a investir em mentes criativas estão obtendo maiores resultados daqueles que apostam num rostinho bonito para posar ao lado de seus produtos.
“A diversidade e representatividade continuarão em crescimento, trazendo cada vez mais a necessidade de acessibilidade na comunicação, bem como de ter times representativos não só no squad de influenciadores que representa a marca, mas sim dentro de todo universo da comunicação para que o planejamento seja assertivo e coeso”, diz.
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