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Getnet lança máquina de pagamento produzida à base de resíduos plásticos

Empresa já produziu 70 mil unidades do modelo POS 3G Wi-Fi feitas de equipamentos que seriam descartados

Produto é inédito no mercado de adquirência (SOPA Images/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 9 de agosto de 2022 às 12h00.

Última atualização em 9 de agosto de 2022 às 12h07.

A Getnet, empresa de tecnologia e soluções de pagamento do grupo global PagoNxt, acaba de lançar a primeira máquina de cartão fabricada com peças recicladas de resíduos de equipamentos descartados. Já estão disponíveis 70 mil unidades em todo o Brasil. A ação é pioneira no mercado nacional de adquirência e foi desenvolvida em parceria com as empresas NewLand, Paytec e Brasil Reverso.

A partir de agora, todas as máquinas da Getnet, do modelo POS 3G com Wi-Fi, entregues pela NewLand, terão componentes reciclados pela Brasil Reverso no processo de fabricação. Para a produção destas primeiras unidades, a Getnet reciclou 42% de seus equipamentos que iriam para descarte. A expectativa é de que cerca de 150 mil terminais desse tipo sejam entregues a aproximadamente 20 mil clientes de todo o país até o final do ano. Os próximos passos são aumentar a quantidade de peças recicladas no processo de fabricação e aproveitá-las também em outros modelos.

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“Nosso modelo de negócios, cultura e valores está cada vez mais em linha com o modo como queremos impactar positivamente a sociedade e o meio ambiente. Estamos evoluindo com o conceito de circularidade da nossa cadeia, para oferecer uma solução sustentável para o ciclo de vida de nossos produtos. E, por se tratar de material eletrônico que contém bastante plástico na composição, continuaremos com os estudos para avançar nesta frente”, diz Luciano Ferrari, vice-presidente de relações com investidores e ESG da Getnet.

Ao retornarem para o estoque da Getnet, todas as máquinas da modalidade aluguel passam por um processo de laboratório técnico e estético conduzido pela Paytec, uma das maiores operadoras logísticas para produtos e serviços de meios de pagamento da América Latina. Os equipamentos que não estão em bom estado para serem reutilizados são encaminhados à recicladora técnica Brasil Reverso, que é responsável pela desmontagem, separação de peças, reciclagem e pelo descarte correto dos resíduos.

O plástico resultante desse processo é triturado e encaminhado à NewLand, fabricante das máquinas, que consegue utilizar o plástico reciclado na composição de peças para a fabricação de um novo POS, que terá a mesma qualidade e eficiência dos aparelhos que não possuem material reciclado.

“Em nosso processo de reciclagem ganhamos mais eficiência de estoque de equipamentos, além de reduzir a produção de lixo eletrônico e garantir o processo de descarte corretamente. Além disso, vamos trazer os demais fornecedores da nossa cadeia a pensarem em soluções para esse processo, incrementando o formato de produto reciclado e buscando aumentar ao máximo o número de terminais inseridos no conceito de circularidade”, afirma Ferrari.

A logística reversa para o reaproveitamento de equipamentos também é uma constante na companhia. Somente no primeiro trimestre deste ano, a empresa conseguiu reaproveitar mais de 235 mil máquinas de pagamentos que voltaram ao mercado em ótimas condições de funcionamento, evitando o descarte de 10 toneladas de material eletrônico.

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