Empreendimento: como tornar uma planta atraente depois de cinco ou dez anos
Readequação do produto após anos de planta pode ser o desafio mais difícil das construtoras
Bússola
Publicado em 24 de junho de 2022 às 17h00.
Última atualização em 24 de junho de 2022 às 17h54.
Por Bússola
É comum se deparar com obras paralisadas nas cidades do Brasil, não só nas grandes metrópoles mas também em pequenas localidades. Os motivos são os mais variados: crise financeira, mudanças no cenário político ou até problemas de administração por parte da incorporadora responsável pelo empreendimento.
Um levantamento recente realizado pela Solv, unidade de negócios da Incorporadora Viver, especialista na recuperação de ativos residenciais estressados no Brasil, identificou mais de 2 mil obras paralisadas em todo o país. Uma construção inacabada acarreta prejuízos não somente financeiros, mas também ambientais, seja com a produção de entulho, desperdício de água, além de gerar também uma grande quantidade de poluentes que afetam o ar e os solos. Ao ter suas obras retomadas, um edifício de 20 andares, por exemplo, deixa de gerar cerca de 480 m³ de resíduos sólidos, que seriam certamente descartados no meio ambiente.
Mas, como tornar essa planta atraente e segura após anos parada?
Segundo o CEO da companhia, Ricardo Piccinini, um edifício projetado há anos não possui a mesma eficiência de um pensado nos dias de hoje e precisa passar por algumas etapas antes das obras serem retomadas. Entre elas, estão uma nova revalidação do projeto, a adequação para a legislação vigente, uma validação de alvarás para que essa obra seja retomada e adequação às necessidades do novo consumidor, como reuso de água, espaços de lazer e até biofilia.
“Ao retomar um projeto paralisado, a barreira da obra parada por muito tempo precisa ser quebrada. Diferentemente de uma incorporação tradicional, o primeiro e fundamental passo é conquistar a confiança do novo cliente e seguir com as novas vendas. Outro desafio está relacionado à adequação do produto para a realidade atual do mercado”, afirma Piccinini.
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