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Depois do fast fashion, a fast music: produtora que criou o conceito já negociou R$ 220 mi com ele

GR6 usou a ideia para reposicionar a Lacoste no Brasil e garantir recordes de venda

Time da produtora de funk GR6 na sede em São Paulo (GR6/Divulgação)
Aquiles Rodrigues

Repórter Bússola

Publicado em 21 de maio de 2024 às 14h00.

Última atualização em 28 de maio de 2024 às 15h53.

Quando foi utilizado pela primeira vez, no jornal New York Times em 1989, o termo “fast fashion” se referia ao modelo de negócios da primeira Zara dos EUA. A marca tinha o objetivo de criar novas peças, do design à entrega, em até 15 dias.

Coleções a preços acessíveis e produzidas na velocidade da luz. É assim que opera a indústria fast fashion , mas e quanto à fast music ?

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O termo não é oficial… Ainda. Mas no ritmo em que a produtora paulista de funk GR6 escala seu negócio, logo ele será.

Em seus cinco anos operando com este modelo de negócio, a GR6 já negociou mais de R$ 220 milhões em parcerias com as principais gravadoras do mundo, como Universal Music, Sony Music e Warner Music.

Mas dá certo mesmo? Como?

De acordo com André Morrissy, diretor da GR6 Music, o modelo funciona porque todos os direitos são da GR6 e tudo é feito “dentro de casa”.

“Nós somos os únicos players do mercado com estrutura de gravadora, produtora e que realiza a gestão completa dos artistas . Isso nos permite produzir uma música em 24 horas”, ele diz.

Morrissy explica que na sede, na Zona Norte de São Paulo, há 11 estúdios de gravação de áudio que funcionam 24 horas, 2 estúdios de vídeo, 120 colaboradores e mais de 600 parceiros profissionais no mercado.

Funk continua em alta?

Aparentemente sim. O gênero é protagonista da cena musical urbana brasileira, e números da GR6 apontam para uma liderança contínua: no Spotify, a faixa Lets Go 4 , produzida pela casa, permaneceu por 86 dias no top1 do Brasil na plataforma.

Sendo assim, apesar da produção musical em ritmo vertiginoso, a GR6 não parece enfrentar nenhuma saturação de mercado .

“Uma prova de que não há saturação é que grandes marcas já perceberam o valor do gênero e dos nossos artistas e nos procuram para ações de marketing. Entre algumas delas temos Nike, Philipp Plein, Baw, Burger King, Heinz e a Lacoste”, Morrissy comenta.

A francesa Lacoste reergueu e reposicionou seu negócio no Brasil a partir da parceria com a GR6. As marcas concebem a campanha “Lalá”, em 2023. A Lacoste, que antes era restrita ao mercado de luxo, virou objeto de desejo na quebrada e bateu recordes de venda.

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