Cresce número de empresas abertas por jovens menores de 18 anos no Brasil
Jovens enxergam no empreendedorismo oportunidade de fonte de renda, segundo coordenador do estudo da Datahub
Bússola
Publicado em 24 de outubro de 2022 às 14h30.
Última atualização em 24 de outubro de 2022 às 14h39.
A paixão pelos animais fez com que Ana Luísa, de 16 anos, empreendesse em um Pet Shop, a Love Dog Plenitude, localizada em Brasília (DF), em julho deste ano. Ela começou com R$ 4 mil de investimento e agora possui faturamento de R$ 10 mil. Para o próximo ano, a expectativa é aumentar o faturamento em pelo menos 20%. “Como gostamos de animais, decidimos unir o útil ao agradável. Por ser filha única, minha mãe está me ajudando a encarar esse novo desafio no empreendedorismo.”, declara Ana.
Ele é um dos exemplos dos milhares de jovens que estão se aventurando no empreendedorismo como fonte de renda, uma tendência apontada por uma pesquisa da Datahub, plataforma de Big Data & Analytics. Segundo o estudo, a abertura de Microempreendedores Individuais (MEIs) de jovens menores de 18 anos teve um crescimento de 226,7% neste primeiro semestre em comparação com o semestre. Somente nos seis primeiros meses deste ano, jovens menores de 18 anos abriram 1.173 MEIs no país, ante 359 em 2021. Existem hoje no Brasil, 2.328 MEIs administrados por esses jovens.
“Trata-se de jovens formalmente emancipados, como exigido por lei. Esse aumento é um reflexo de jovens que estão vendo o empreendedorismo como fonte de renda, impulsionado sobretudo pela internet que se mostrou durante a pandemia uma importante ferramenta para criação de novos negócios e oportunidades, em especial para aqueles que estão iniciando na vida profissional”, diz André Leão, Chief Product Officer (CPO) da Datahub.
Cenário
O boletim Datahub também apontou um decrescimento de MEIs no número geral de MEIs no Brasil no primeiro semestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano anterior. A queda foi de 4,8%. Nesses seis primeiros meses foram abertas 1.549.606 MEIs, ante 1.627.745 abertas no ano passado no mesmo período.
O estudo elenca também os setores que mais tiveram aberturas. Foram eles: comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, cabeleireiros, manicure, pedicure, promoção de vendas e obras.
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