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Conheça as cinco competências essenciais para desenvolver em 2022

Especialista da Trillio Academy dá dicas de quais são e como aplicá-las no trabalho

Precisamos urgentemente de um reskilling, uma requalificação, de tudo que sabíamos até hoje (Morsa Images/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 17 de dezembro de 2021 às 16h45.

Última atualização em 17 de dezembro de 2021 às 16h57.

O mundo do trabalho passou por alterações nos últimos anos. Com a pandemia de covid-19, o movimento do home office ganhou força. E essa mudança no modelo de trabalho exigiu alterações também por parte dos colaboradores. Pensando em avaliar, refletir e atualizar suas competências profissionais com base nas novas necessidades do mercado, Renata Schiavone, Chief Learning Officer (CLO) e cofundadora da Trillio Academy , startup da Fesa Group que desenvolve competências para o sucesso profissional de times e empresas, apresenta as cinco competências que você deve desenvolver e aprimorar em 2022.

“Pela urgência da situação, nos vimos condicionados ao trabalho remoto, sem tempo para refletir sobre as mudanças que isso implicaria. Dificuldades de organizar um espaço apropriado para trabalhar, de se concentrar, manter a produtividade, se comunicar e de manter a cultura e os valores da organização. Esses são alguns dos desafios gerados pela mudança súbita trazida com esse regime de trabalho”, afirma Renata.

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Para ela, “ao olharmos a essência do que são competências, os impactos do trabalho remoto ou híbrido ficam claros. Precisamos desenvolver novas habilidades para nos comunicarmos, para colaborarmos em um mundo virtual. Precisamos conhecer ferramentas e novas estruturas organizacionais, rever e mudar diversas atitudes em relação à nossa interação com colegas, líderes e subordinados em um contexto remoto. Ou seja, precisamos urgentemente de um reskilling, uma requalificação, de tudo que sabíamos até hoje”, diz.

Renata, que é formada em publicidade, se especializou em aprendizagem de adultos e na criação de soluções para o desenvolvimento de competências socioemocionais, apresenta as cinco competências que você deve desenvolver ou aprimorar em 2022.

Autoconhecimento — Conhecer a si mesmo, suas emoções, sentimentos, motivações, padrões, gaps e fortalezas. O autoconhecimento vem de um processo ativo e muito individual. Muitos são os caminhos para desenvolver essa competência, entre eles a psicoterapia, a meditação e a expansão diária do nosso repertório emocional, o que significa se abrir para a vida e para relações, buscando construí-las com base na gentileza e na verdade. Pensando no mundo corporativo, o autoconhecimento é essencial para que os profissionais possam montar equipes de alta performance, definir rumos da carreira e focar seus esforços de autodesenvolvimento.

Comunicação — É a competência que vem logo depois do autoconhecimento. A parte mais importante da comunicação é a escuta. Primeiro é preciso escutar para depois falar com assertividade. O profissional que sabe escutar, negocia melhor, conhece mais sobre as necessidades de seus colegas e líderes e ainda estabelece relações mais duradouras.

Agilidade e Adaptabilidade — Geralmente os empreendedores têm essas competências muito bem treinadas. Melhorar continuamente os processos e projetos, tendo como foco sempre os clientes ou usuários é a essência da agilidade. Já a adaptabilidade é a capacidade de se reinventar continuamente, seja adequando projetos e até mesmo por meio do desenvolvimento de novas competências quando necessário. Também inclui ter uma visão do contexto e conseguir antecipar futuras mudanças e tendências. Ela está intimamente relacionada a duas virtudes: coragem e força para mudar.

Resolução de Problemas — Para desenvolver essa competência, o profissional deve ser um bom observador. O segundo passo é desenvolver a criatividade e aplicá-la em melhorias e novos caminhos, buscando sempre o envolvimento do time por meio de metodologias de criação colaborativas.

Colaboração — Envolve diretamente duas outras competências que estão nessa lista: o autoconhecimento e a comunicação. Afinal, como colaborar sem se conhecer e sem saber se comunicar? A essência da colaboração pode ser definida como a capacidade de se conectar com outras pessoas, áreas, até mesmo empresas, para atingir melhores resultados. Aprender a conhecer e integrar diferentes perfis e visões é uma das grandes habilidades dos profissionais de sucesso da nova economia.

Eterno aprendiz

Renata diz ainda que é importante que todo profissional procure identificar, por meio de avaliações, feedbacks de pares e gestores e outras ferramentas de autoconhecimento, quais são seus pontos fortes e aqueles que precisam ser aprimorados, para poder direcionar seu desenvolvimento e alcançar essas competências.

“Vivemos hoje em um mundo de abundância de conteúdo e o que vemos muitas vezes são profissionais perdidos em uma infinidade de informações. O aprendizado deve ser contínuo, é um processo sem fim e para consolidar o que aprendemos precisamos de muita prática e constância, o famoso lifelong learning”.

E a liderança tem papel fundamental neste processo. “Os líderes, muitas vezes, não conhecem o suficiente sobre as soft skills para serem capazes de estruturar feedbacks eficazes. Com isso, muitas vezes optam pelo feedback focado no técnico, as hard skills, uma vez que esse é mais direto, concreto e visível. Dessa forma perpetuamos a máxima do ‘um bom técnico nem sempre é um bom líder’ ou ‘contratamos pelo técnico e demitimos pelo comportamental’”, declara a CLO da Trillio.

Além dos colaboradores e seus líderes, as empresas estão se movendo cada vez mais rápido no investimento de soft skills. A pesquisa “Panorama T&D no Brasil” da ABTD mostra que, entre 2015 e 2020, a proporção do investimento em soft skills saiu de 18% para 42%. “Sabemos que esse número só tende a aumentar. Junto com o investimento em treinamento, as empresas também estão criando ambientes com mais segurança psicológica, algo fundamental para que os feedbacks sejam cada vez mais francos e que o desenvolvimento de soft skills possa acontecer na prática e na profundidade necessária para transformar as pessoas e as organizações”, diz Schiavone.

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