Como enfrentar a terceira onda da pandemia?
Em um país sem traços de racionalidade, vai ser difícil combinar afastamento social com aceleração da vacina
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2021 às 18h53.
Última atualização em 26 de maio de 2021 às 19h00.
Por Alon Feuerwerker*
E uma possível terceira onda da epidemia de covid-19 aqui no Brasil entrou definitivamente na pauta. Estimula esse debate a subida consistente da média móvel de casos, ainda que a de mortes continue em queda ou com alguma estabilidade.
Na hipótese mais otimista, a assincronia das duas curvas, de casos e mortes, já se deve em algum grau à imunização (assintomáticos + recuperados + vacinados). Na mais pessimista, é apenas um delay, e daqui a pouco as duas vão empinar juntas para cima.
Como o Brasil enfrentará uma eventual terceira onda? O isolamento social na prática acabou faz algum tempo, e a chance de ser novamente imposto é relativa. E a vacinação ainda leva alguns meses para cobrir a população adulta. O método racional seria buscar maneiras de combinar medidas duras de afastamento social com a aceleração da vacina.
Num país razoavelmente organizado para funcionar, o sistema político estaria buscando pontos junto ao eleitorado por meio da demonstração de capacidade para enfrentar a nova situação. Mas o Brasil está a anos-luz de qualquer tipo de racionalidade.
*Alon Feuerwerkeré analista político da FSB Comunicação
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