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Brasil é referência mundial em open finance e empresas podem se beneficiar

Open finance alcança 17,3 milhões de consentimentos para compartilhamento de dados

Projeto teve início em fevereiro de 2021 (Getty Image/Getty Images)
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Publicado em 30 de março de 2023 às 14h30.

Última atualização em 30 de março de 2023 às 15h02.

Após dois anos do lançamento no Brasil, o open finance alcançou 17,3 milhões de consentimentos para o compartilhamento de dados pessoais e bancários, sendo 10,8 bilhões de comunicações bem-sucedidas no período, segundo a Febraban.

Nesse levantamento foram mapeados 45 produtos e serviços já oferecidos aos clientes, por exemplo, agregadores financeiros, ofertas de crédito e iniciação de pagamentos. Um ótimo início para contemplar os 188 milhões de brasileiros com contas bancárias que temos no país.

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O projeto se iniciou em 1º de fevereiro de 2021, com o compartilhamento dos dados e as características dos produtos oferecidos (tipos de contas, empréstimos e financiamentos).

Na segunda fase, as instituições começaram a iniciar as trocas de informações cadastrais dos clientes (endereço, renda e dados pessoais) e depois a troca de informações relacionadas a contas de movimentação, seguido do intercâmbio de informações de operações de crédito e de cartões de crédito.

A terceira fase permitiu que o cliente esteja apto a iniciar pagamentos de contas e transferências bancárias fora do internet banking, através das empresas homologadas como Iniciador de Transações de Pagamento (ITP).

Em 2023, o foco será implantar a fase 4 com informações de participantes não bancários, como empresas de seguros, pensões, investimentos e câmbio, consolidando a posição de referência no cenário mundial.

Está muito claro que o open finance pode proporcionar inúmeros benefícios para os consumidores finais, passando a ter mais autonomia para compartilhar suas informações com outras instituições financeiras, como dados pessoais e histórico financeiro.

Entretanto, os benefícios para as empresas ainda estão em fase de amadurecimento, mas são incontáveis. Alguns exemplos são: melhora na gestão financeira através de aumento de produtividade com centralização das informações; maior fluidez em pagamentos iniciados fora do internet banking; melhor acesso a linhas de crédito com maior competição, ou seja, mais atrativas;  simplificação do cadastro e onboarding de clientes; produtos personalizados com a visão 360 graus dos clientes, entre outros.

As empresas terão acesso a uma quantidade muito maior de dados e quem souber usar isso em seu favor poderá abrir um verdadeiro mundo de novas alternativas.

*Diego Ishiy é Chief Strategy Officer (CSO) na Accesstage

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