Youssef cita tentativa de reunião com Renan Calheiros
O doleiro afirmou em que tentou marcar um encontro com o presidente do Congresso, mas que não conseguiu por "desencontro de agendas"
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 13h09.
São Paulo - O doleiro Alberto Youssef afirmou em delação premiada no ano passado que tentou agendar um encontro com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas que não conseguiu por "desencontro de agendas".
O encontro seria para tratar do aporte de dinheiro ao Fundo Máxima, criado pelo doleiro, pelo Postalis, fundo de pensão dos Correios.
A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o Fundo Máxima seria utilizado por Youssef para lavar dinheiro de suas atividades ilícitas.
No depoimento, o doleiro detalha como adquiriu, entre 2009 e 2010, a empresa de turismo espanhola Marsans International, que estava passando por dificuldades financeiras e que, por isso, seus executivos estavam tentando vendê-la no Brasil, onde possuía 38 lojas.
Youssef então abriu a empresa Graça Aranha para adquirir a companhia, pela qual pagou US$ 2 milhões, em uma transação que foi registrada no Banco Central.
Após a compra, ele criou o Fundo Máxima, junto ao Banco Máxima, para angariar recursos para a Marsans, que estava endividada.
Todas as cotas do fundo foram compradas pela Graça Aranha e, a partir daí, o doleiro buscou investidores em vários fundos municipais, estaduais e até de servidores públicos, para conseguir dinheiro.
A iniciativa faz parte de uma estratégia recorrente do doleiro que, segundo constataram os investigadores da Lava Jato, utilizava de sua megaestrutura de contas bancárias ao redor do mundo e empresas de fachada para adquirir empresas em dificuldade financeira e aplicar dinheiro ilícito nelas para que ele fosse lavado.
Na delação ele relatou que passou a procurar, junto com outros operadores do mercado, fundos de pensão de Paranaguá (PR), Cuiabá (MT), Petrolina (PE), Hortolândia (SP), Holambra (PR) e do Estado de Tocantins.
Segundo o doleiro, o grupo tentou contato até com o Funcef - Fundação dos Economiários Federais, o terceiro maior fundo de pensão do País, o Petros, dos funcionários da Petrobras, e o Postalis, dos funcionários dos Correios e para o qual Youssef tentou contato com Renan.
Não é a primeira vez que o nome do presidente do Senado é citado nas delações da Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também colabora com a Justiça, citou o nome do senador em meio aos 28 políticos que ele elencou como tendo participado do esquema de desvios de dinheiro desbaratado na Lava Jato.
Além dele, em outubro do ano passado, a ex-contadora de Youssef, Meire Poza relatou em sessão da CPI mista da Petrobras que, na manhã do dia 12 de março, ela e Youssef tomaram café juntos, ocasião em que o doleiro disse que, naquela noite, ele conversaria com Renan Calheiros para tratar do aporte de R$ 25 milhões da Funcef e que a operação só não se concretizou porque o doleiro foi preso em decorrência da Lava Jato, deflagrada naquele mês.
A assessoria de Renan Calheiros reafirmou que o presidente do Senado não conhece e não tem ou nunca teve qualquer contato com Alberto Youssef.
São Paulo - O doleiro Alberto Youssef afirmou em delação premiada no ano passado que tentou agendar um encontro com o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas que não conseguiu por "desencontro de agendas".
O encontro seria para tratar do aporte de dinheiro ao Fundo Máxima, criado pelo doleiro, pelo Postalis, fundo de pensão dos Correios.
A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o Fundo Máxima seria utilizado por Youssef para lavar dinheiro de suas atividades ilícitas.
No depoimento, o doleiro detalha como adquiriu, entre 2009 e 2010, a empresa de turismo espanhola Marsans International, que estava passando por dificuldades financeiras e que, por isso, seus executivos estavam tentando vendê-la no Brasil, onde possuía 38 lojas.
Youssef então abriu a empresa Graça Aranha para adquirir a companhia, pela qual pagou US$ 2 milhões, em uma transação que foi registrada no Banco Central.
Após a compra, ele criou o Fundo Máxima, junto ao Banco Máxima, para angariar recursos para a Marsans, que estava endividada.
Todas as cotas do fundo foram compradas pela Graça Aranha e, a partir daí, o doleiro buscou investidores em vários fundos municipais, estaduais e até de servidores públicos, para conseguir dinheiro.
A iniciativa faz parte de uma estratégia recorrente do doleiro que, segundo constataram os investigadores da Lava Jato, utilizava de sua megaestrutura de contas bancárias ao redor do mundo e empresas de fachada para adquirir empresas em dificuldade financeira e aplicar dinheiro ilícito nelas para que ele fosse lavado.
Na delação ele relatou que passou a procurar, junto com outros operadores do mercado, fundos de pensão de Paranaguá (PR), Cuiabá (MT), Petrolina (PE), Hortolândia (SP), Holambra (PR) e do Estado de Tocantins.
Segundo o doleiro, o grupo tentou contato até com o Funcef - Fundação dos Economiários Federais, o terceiro maior fundo de pensão do País, o Petros, dos funcionários da Petrobras, e o Postalis, dos funcionários dos Correios e para o qual Youssef tentou contato com Renan.
Não é a primeira vez que o nome do presidente do Senado é citado nas delações da Lava Jato. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que também colabora com a Justiça, citou o nome do senador em meio aos 28 políticos que ele elencou como tendo participado do esquema de desvios de dinheiro desbaratado na Lava Jato.
Além dele, em outubro do ano passado, a ex-contadora de Youssef, Meire Poza relatou em sessão da CPI mista da Petrobras que, na manhã do dia 12 de março, ela e Youssef tomaram café juntos, ocasião em que o doleiro disse que, naquela noite, ele conversaria com Renan Calheiros para tratar do aporte de R$ 25 milhões da Funcef e que a operação só não se concretizou porque o doleiro foi preso em decorrência da Lava Jato, deflagrada naquele mês.
A assessoria de Renan Calheiros reafirmou que o presidente do Senado não conhece e não tem ou nunca teve qualquer contato com Alberto Youssef.