Bolsonaro: No início do mês, o presidente passou por uma cirurgia para corrigir uma hérnia no intestino (Alan Santos/Agência Brasil)
Clara Cerioni
Publicado em 20 de setembro de 2019 às 11h08.
Última atualização em 20 de setembro de 2019 às 11h17.
São Paulo — O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta sexta-feira (20), que a viagem do presidente Jair Bolsonaro para a assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, está "assegurada"
Em transmissão ao vivo, Rêgo Barros disse que os últimos exames mostram que Bolsonaro pode viajar. "O nosso presidente está pronto para o combate, com viagem assegurada para Nova York".
A viagem está marcada para o próximo dia 23. No início do mês, o presidente passou por uma cirurgia para corrigir uma hérnia no intestino. Ele teve alta no começo desta semana.
Nesta manhã, Bolsonaro realizou uma série de exames. Em nota à imprensa, a equipe médica do presidente afirmou que ele se encontra "em excelentes condições clínico/ cirúrgicas, tendo sido liberado para dieta leve. Programada reavaliação em sete dias".
No dia 24, Bolsonaro vai discursar na abertura da Assembleia Geral da ONU, espaço sempre destinado ao presidente do Brasil.
O retorno ao país será já na próxima quarta-feira (25). O Planalto não confirma, ainda, quais ministros devem acompanhar Bolsonaro.
O presidente Bolsonaro trabalhou nesta semana para a elaboração do discurso que deve realizar na ONU.
Segundo divulgou o porta-voz, Bolsonaro irá “colocar o coração” e apresentar “nosso país e suas potencialidades” no discurso.
“Para desconstruir a narrativa no ambiente externo de que o Brasil não cuida da Amazônia e do meio ambiente”, disse Rêgo Barros.
Em transmissão ao vivo nas redes sociais na noite desta quinta-feira (19), o presidente prometeu que não iria "brigar com ninguém" na sua fala no evento:
“Tá na cara que eu vou ser cobrado, porque alguns países me atacam, de uma maneira bastante virulenta, dizem que eu sou o responsável pelas queimadas aí pelo Brasil. Nós sabemos, pelos dados oficiais, que queimada tem todo o ano, infelizmente”, disse.
De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os focos de incêndio neste mês de agosto na Amazônia triplicaram em relação ao ano passado.
Foram 30.901 focos de incêndio, ante 10.421 em agosto do ano passado – alta de 196%. O total também supera a média histórica para o mês, de 25.853, para o período entre 1998 e 2018. É ainda o mais alto desde agosto de 2010, quando houve uma severa seca.
De 1º de janeiro até o dia 19 de setembro de 2019, foram 62.212 focos no bioma Amazônia, uma alta de 48% sobre o mesmo período do ano anterior, quando foram 42.029 focos.