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Governo aplicará multa de R$ 100 mil por hora para conter greve

Carlos Marun, da Secretaria de Governo, citou existência de "locaute" e pedidos de prisão de empresários; novo pronunciamento está marcado para 17h

Ministro Carlos Marun (Valter Campanato/Agência Brasil) (Valter Campanato/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

Publicado em 26 de maio de 2018 às 11h55.

Última atualização em 26 de maio de 2018 às 14h12.

São Paulo - O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo da Presidência da República, afirmouque o governo começará a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada a quem descumprir o acordo firmado para desbloqueio das rodovias.

O ministro afirmou que o governo formou a convicção de que existe a prática de locaute (termo originado a partir da palavra em inglês lock out), que acontece quando uma paralisação é coordenada e incentivada por empresários do setor. A prática é proibida por lei.

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"Hoje temos a convicção de que, além do movimento paredista, existe o locaute", disse Marun.

"A PF já tem inquéritos abertos para investigar essas suspeitas. E os empresários suspeitos serão intimados. Rogério Galloro diretor-geral da PF também nos informou que já existem pedidos de prisão. Estão aguardando manifestação da Justiça", completou o ministro notando que a PF não pode dar mais detalhes.

Marun concedeu entrevista neste sábado (26) após três horas de reunião, no Palácio do Planalto , com o presidente Michel Temer e ministros que integram o gabinete de crise, para avaliar a situação nas rodovias federais.

Haverá um novo pronunciamento às 17 horas após nova reunião. Marun elogiou a integração dos gabinetes de crise em vários estados com o governo federal.

Ele disse ainda que o presidente está particularmente preocupado com a situação da saúde: "Não obstante nós tenhamos os principais hospitais do País em funcionamento, abastecidos, os seus estoques são de minutos e existe nesse momento uma grande preocupação"

Na entrevista coletiva, o ministro disse que está em curso a regularização das termelétricas e dos aeroportos de Rio, de São Paulo e Porto Alegre. Segundo ele, o mesmo deve ocorrer nas próximas horas com o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).

Marun lamentou que ainda ocorram pontos de bloqueio de rodovias mas notou que o desbloqueio "ajuda, mas não é solução".

Isso porque "a crise se resolve no momento em que o caminhoneiro e a caminhoneiro voltar a cumprir sua missão de transportar as mercadorias necessárias e imprescindíveis", segundo ele. Não foram fornecidos novos dados sobre número de rodovias bloqueadas.

Parte do pronunciamento foi registrado pela página do Palácio do Planalto no Facebook:

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