A presidente Dilma Rousseff, ao lado do ex-presidente Lula (E) e do presidente do PT, Rui Falcão (D), durante o 5º Congresso Nacional do partido (Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2015 às 22h58.
Salvador - O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi aplaudido de pé por três minutos, nesta quinta-feira, 11, no 5.º Congresso do PT.
A manifestação de apoio ocorreu na reunião fechada em que os delegados do encontro aprovaram a Carta de Salvador, documento produzido pelo grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Preso desde abril pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Vaccari é acusado de desvio de dinheiro da Petrobrás para abastecer o caixa do PT. "O companheiro Vaccari foi preso injustamente", disse Markus Sokol, dirigente da corrente O Trabalho, que pediu uma salva de palmas para o ex-tesoureiro.
A 1.446 quilômetros do Congresso do PT, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão domiciliar em Brasília, também "pairou" sobre o encontro nas conversas dos petistas.
Houve até quem admitisse sentir saudade do tempo em que ele dirigia o partido com mão de ferro, de 1995 a 2002.
Em conversa com amigos, na semana passada, Dirceu previu que o congresso do PT seria esvaziado e chamou o encontro de "convescote".
Antes de entrar para a reunião que aprovou a tese-guia do 5.º Congresso, um delegado da Paraíba abordou Sokol, sem esconder a curiosidade.
"É verdade que a Dilma só vai vir no Congresso do PT porque o Lula mandou?", perguntou ele. "Rapaz, sei não, mas a mulher é estranha", respondeu o petista.