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USP aprova bônus de 5% para pretos, pardos e indígenas

Atualmente, o grupo não tem bônus para o ingresso na universidade


	Para entrar em vigor, a decisão, tomada ontem (28), precisa da aprovação do Conselho Universitário. A assessoria de imprensa da Reitoria da USP não soube informar quando ocorrerá a próxima reunião
 (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Para entrar em vigor, a decisão, tomada ontem (28), precisa da aprovação do Conselho Universitário. A assessoria de imprensa da Reitoria da USP não soube informar quando ocorrerá a próxima reunião (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 22h42.

São Paulo – O Conselho de Graduação (CG) da Universidade de São Paulo (USP) aprovou a criação de um bônus que pode elevar a nota em até 5% – a depender do resultado obtido na prova – dos vestibulandos que se declararem pretos, pardos ou indígena e tenham cursado integralmente o ensino básico em escolas públicas. Atualmente, o grupo não tem bônus para o ingresso na universidade.

Para entrar em vigor, a decisão, tomada ontem (28), precisa da aprovação do Conselho Universitário. A assessoria de imprensa da Reitoria da USP não soube informar quando ocorrerá a próxima reunião.

O Conselho de Graduação ainda aumentou de 8% para 12% a bonificação dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública; elevou de 8% para 15% a bonificação dos candidatos que fizeram o ensino fundamental e integralmente o ensino médio na rede pública. Também aumentou de 15% para 20% o bônus para o aluno que cursou integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas.

Assim, o aluno preto, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos.

O Conselho Universitário da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em abril, decidiu ser favorável ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp), proposto pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).

De acordo com o Pimesp, ao menos 50% das matrículas em cada curso e em cada turno deverão ser ocupadas por alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dentro dessa meta, o percentual de pretos, pardos e indígenas deverá ser, também, no mínimo, 35%, percentual verificado para a população do estado de São Paulo no Censo Demográfico de 2010 feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As metas deverão ser atendidas ao longo de três anos a partir de 2014.

A Unesp informou, por meio da assessoria de imprensa, que para o Pimesp ser implementado na universidade ainda é necessária uma aprovação definitiva pelo Conselho Universitário, o que ainda não ocorreu. A assessoria não soube dizer quando ocorrerá a próxima reunião do conselho.

Procurada, a assessoria de imprensa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não respondeu aos pedidos de informação sobre as mudanças no processo seletivo de seu vestibular. No entanto, informou que as modificações no vestibular devem ser feitas até a segunda dezena de agosto, quando geralmente o edital do vestibular é publicado.

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