Uso de barragem pela Vale não estava em licença, diz governo
Segundo Secretaria de Estado de Meio Ambiente, não estava previsto o transporte de rejeitos para a barragem que se rompeu em Mariana (MG)
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 18h02.
Belo Horizonte - O transporte de rejeito de minério de ferro da mina de Alegria, da Vale, para a barragem de Fundão, da Samarco , que se rompeu em 5 de novembro, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana , não estava previsto no processo de licenciamento da represa, informou nesta sexta-feira, 11, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Conforme a pasta, o transporte poderia ser realizado desde que estivesse dentro dos autos de licenciamento da barragem.
Segundo a Vale , 5% dos cerca de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro de Fundão, que vazaram da represa destruindo Bento Rodrigues e atingindo o Rio Doce, saíram da mina de Alegria.
Segundo dados do Ministério Público Federal (MPF), que investiga o rompimento da barragem, o volume seria ainda maior, de 28%.
Para justificar o transporte de rejeitos, a Vale repassou aos procuradores contrato firmado entre a Samitri e a Samarco em 1989 estabelecendo o envio do material. A duas empresas foram compradas pela Vale no início da década de 90.
O termo não especificaria para qual represa da Samarco os rejeitos seriam enviados, mas a barragem de Fundão só teve funcionamento autorizado em 2008.
Entre as barragens da empresa em Mariana, a de Germano, que não se rompeu, mas passa por trabalho de reforço em sua estrutura, é a mais antiga.
Segundo a secretaria, depois que ficou constatado que não havia a previsão do transporte nos autos do licenciamento ambiental das barragens da Samarco, foi enviado ofício à Advocacia Geral do Estado (AGE) para que seja avaliada a possibilidade de as empresas serem acionadas judicialmente por realizar o transporte dos rejeitos.
Conforme nota divulgada pela secretaria, "em caso de ilegalidade, todas as providências cabíveis serão tomadas".
Até o momento foram confirmadas 16 mortes por causa do rompimento da barragem em Bento Rodrigues. Três pessoas estão desaparecidas.
Belo Horizonte - O transporte de rejeito de minério de ferro da mina de Alegria, da Vale, para a barragem de Fundão, da Samarco , que se rompeu em 5 de novembro, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana , não estava previsto no processo de licenciamento da represa, informou nesta sexta-feira, 11, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Conforme a pasta, o transporte poderia ser realizado desde que estivesse dentro dos autos de licenciamento da barragem.
Segundo a Vale , 5% dos cerca de 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro de Fundão, que vazaram da represa destruindo Bento Rodrigues e atingindo o Rio Doce, saíram da mina de Alegria.
Segundo dados do Ministério Público Federal (MPF), que investiga o rompimento da barragem, o volume seria ainda maior, de 28%.
Para justificar o transporte de rejeitos, a Vale repassou aos procuradores contrato firmado entre a Samitri e a Samarco em 1989 estabelecendo o envio do material. A duas empresas foram compradas pela Vale no início da década de 90.
O termo não especificaria para qual represa da Samarco os rejeitos seriam enviados, mas a barragem de Fundão só teve funcionamento autorizado em 2008.
Entre as barragens da empresa em Mariana, a de Germano, que não se rompeu, mas passa por trabalho de reforço em sua estrutura, é a mais antiga.
Segundo a secretaria, depois que ficou constatado que não havia a previsão do transporte nos autos do licenciamento ambiental das barragens da Samarco, foi enviado ofício à Advocacia Geral do Estado (AGE) para que seja avaliada a possibilidade de as empresas serem acionadas judicialmente por realizar o transporte dos rejeitos.
Conforme nota divulgada pela secretaria, "em caso de ilegalidade, todas as providências cabíveis serão tomadas".
Até o momento foram confirmadas 16 mortes por causa do rompimento da barragem em Bento Rodrigues. Três pessoas estão desaparecidas.