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Usina de Itaipu alcança produção recorde de 3 bilhões de megawatts-hora

Hidrelétrica tem capacidade para abastecer todo o mundo por 43 dias

Usina de Itaipu: tem capacidade para abastecer todo o mundo por 43 dias (Rickey Rogers/Reuters)

Usina de Itaipu: tem capacidade para abastecer todo o mundo por 43 dias (Rickey Rogers/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 10 de março de 2024 às 15h46.

A usina Itaipu Binacional alcançou no sábado, 9, a produção de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh) desde que começou a funcionar em 1984.

Operada por Paraguai e Brasil, a hidrelétrica tem capacidade para abastecer todo o mundo por 43 dias e se tornou a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta.

De acordo com a Itaipu, “esse montante (3 bilhões de megawatts-hora) dificilmente será superado nas próximas décadas por qualquer outra hidrelétrica.”

O volume de energia de Itaipu também poderia abastecer o Brasil por 5 anos e 11 meses. Atrás de Itaipu, está a usina de Três Gargantas, na China, que gerou 1,66 bilhão de MWh até 2023.

A usina de Itaipu foi inaugurada em 5 de maio de 1984 e só alcançou a marca de 1 bilhão de MWh produzidos em junho de 2001. Em 2012, alcançou a produção de 2 bilhões de MWh.

Disputa entre Brasil e Paraguai

Os governos do Brasil e Paraguai travam uma disputa pela energia gerada por Itaipu. Os dois países precisam chegar a um acordo sobre os valores cobrados pela eletricidade gerada na usina - os paraguaios, que vendem seu excedente para o Brasil, buscam uma forma de aumentar a tarifa ou poder comercializar a energia com outros países ou empresas por valores mais altos.

As regras estavam estipuladas no tratado original para construção de Itaipu, e expiraram no ano passado com o término dos pagamentos da obra.

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão sendo “intransigentes” na negociação com o Paraguai sobre as questões financeiras referentes à usina de Itaipu Binacional, que é operada conjuntamente pelos dois países.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Silveira admitiu que a discussão interfere na tarifa de energia elétrica do País, que chamou de “uma das mais caras do mundo”.

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