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Última fase para vacina contra dengue começa em breve

O Instituto Butantan espera autorização para iniciar a última fase de testes de uma vacina que desenvolveu contra a dengue

Médico aplica vacina: a vacina já foi testada com sucesso em um pequeno grupo de voluntários (Kevork Djansezian/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 22h27.

Rio de Janeiro - O Instituto Butantan está esperando uma autorização para iniciar em breve a última fase de testes de uma vacina que desenvolveu contra o dengue , que agora será experimentada em 17.000 pessoas após ter sido testada com sucesso em um pequeno grupo de voluntários.

O Butantan informou em comunicado que solicitou nesta sexta-feira autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) para iniciar a terceira e última fase dos experimentos clínicos com humanos.

A fase decisiva prevê experimentos em humanos em grande escala e o Butantan já começou a recrutar 17.000 voluntários nas diferentes regiões do Brasil, dos quais 11.330 serão imunizados com a vacina e o restante receberá um placebo.

O instituto, que simultaneamente testa a segurança e a eficácia da vacina com 300 voluntários - dos quais 175 já foram vacinados -, informou que tem todas as doses necessárias para esta nova fase de desenvolvimento da vacina.

Segundo o instituto, caso seja autorizada pela agência reguladora, a nova fase pode antecipar em dois anos o final dos estudos e permitir que a vacina esteja disponível para a população brasileira já em 2016.

A vacina, testada com sucesso também em laboratório e com animais, foi desenvolvida pelo Instituto Butantan, um centro de estudos médicos vinculado ao governo do estado de São Paulo, e se caracteriza por ser de dose única e tetravalente, ou seja pode protegar a população contra os quatro tipos de dengue (1, 2, 3 e 4).

Segundo o organismo, a antecipação da terceira fase não elimina os outros períodos do estudo nem flexibiliza o rigor e os critérios de segurança exigidos nos experimentos com remédios.

O diretor do Butantan, Jorge Kalil, destacou que, além de oferecer a primeira vacina formada e de eficácia comprovada contra o dengue, o projeto permitirá que o medicamento seja produzido no país e atenda gratuitamente a toda a população.

Atualmente o Butantan tem capacidade para produzir até 500.000 doses da vacina por ano, mas o instituto tem um projeto para construir uma sede capaz de produzir até 60 milhões de doses por ano.

"Estudos realizados nos Estados Unidos com uma vacina semelhante indica que o imunizante biológico desenvolvido pelo Butantan é seguro e potencialmente eficaz. Tudo indica que se trata da melhor e mais eficaz vacina em desenvolvimento no mundo para combater todos os tipos de vírus do dengue", segundo o comunicado do organismo.

Além do Butantan, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), vinculado ao Ministério da Saúde, está estudando desde 2009 uma nova vacina contra o dengue que desenvolveu em associação com o laboratório privado GSK.

Como ainda não existe vacina contra o dengue, a única ferramenta disponível até agora para prevenir a doença é a eliminação dos focos em que se cria o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus responsável pela doença.

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Rio de Janeiro - O Instituto Butantan está esperando uma autorização para iniciar em breve a última fase de testes de uma vacina que desenvolveu contra o dengue , que agora será experimentada em 17.000 pessoas após ter sido testada com sucesso em um pequeno grupo de voluntários.

O Butantan informou em comunicado que solicitou nesta sexta-feira autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) para iniciar a terceira e última fase dos experimentos clínicos com humanos.

A fase decisiva prevê experimentos em humanos em grande escala e o Butantan já começou a recrutar 17.000 voluntários nas diferentes regiões do Brasil, dos quais 11.330 serão imunizados com a vacina e o restante receberá um placebo.

O instituto, que simultaneamente testa a segurança e a eficácia da vacina com 300 voluntários - dos quais 175 já foram vacinados -, informou que tem todas as doses necessárias para esta nova fase de desenvolvimento da vacina.

Segundo o instituto, caso seja autorizada pela agência reguladora, a nova fase pode antecipar em dois anos o final dos estudos e permitir que a vacina esteja disponível para a população brasileira já em 2016.

A vacina, testada com sucesso também em laboratório e com animais, foi desenvolvida pelo Instituto Butantan, um centro de estudos médicos vinculado ao governo do estado de São Paulo, e se caracteriza por ser de dose única e tetravalente, ou seja pode protegar a população contra os quatro tipos de dengue (1, 2, 3 e 4).

Segundo o organismo, a antecipação da terceira fase não elimina os outros períodos do estudo nem flexibiliza o rigor e os critérios de segurança exigidos nos experimentos com remédios.

O diretor do Butantan, Jorge Kalil, destacou que, além de oferecer a primeira vacina formada e de eficácia comprovada contra o dengue, o projeto permitirá que o medicamento seja produzido no país e atenda gratuitamente a toda a população.

Atualmente o Butantan tem capacidade para produzir até 500.000 doses da vacina por ano, mas o instituto tem um projeto para construir uma sede capaz de produzir até 60 milhões de doses por ano.

"Estudos realizados nos Estados Unidos com uma vacina semelhante indica que o imunizante biológico desenvolvido pelo Butantan é seguro e potencialmente eficaz. Tudo indica que se trata da melhor e mais eficaz vacina em desenvolvimento no mundo para combater todos os tipos de vírus do dengue", segundo o comunicado do organismo.

Além do Butantan, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), vinculado ao Ministério da Saúde, está estudando desde 2009 uma nova vacina contra o dengue que desenvolveu em associação com o laboratório privado GSK.

Como ainda não existe vacina contra o dengue, a única ferramenta disponível até agora para prevenir a doença é a eliminação dos focos em que se cria o mosquito Aedes aegypti, que transmite o vírus responsável pela doença.

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