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Troca de mensagens configura conversa, afirmam analistas

"Uma conversa é a troca de informações em voz entre pessoas, independentemente do canal", diz especialista em comunicação digital

Bolsonaro: o presidente negou ter conversado com Gustavo Bebianno em meio a denuncias sobre candidaturas laranjas (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 13h45.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 10h15.

São Paulo — Apesar de o presidente Jair Bolsonaro negar, a troca de áudios com o ex-ministro Gustavo Bebianno pelo WhatsApp configura uma conversa, avaliam especialistas em comunicação e mídias sociais. "Uma conversa é a troca de informações em voz entre pessoas, independentemente do canal, telefone, Skype e também por WhatsApp", disse o especialista em comunicação digital Luli Radfahrer, da USP.

Para o professor e pesquisador da PPGCOM-ESPM, Luiz Peres-Neto, existe uma distinção quando se inicia uma "conversa imediata" e quando ela é feita de forma indireta, como é o caso da troca de áudios. Mesmo assim, não deixa de ser uma interlocução entre duas ou mais pessoas. "A troca de mensagens já configura uma conversa, é uma troca de signos", afirmou.

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"Se uma pessoa decide revelar a conversa, não há nenhum tipo de infração no dispositivo jurídico regular. Quando se conversa com alguém, não se tem controle da resposta do outro, e nem do que ele vai fazer com o que você disse. A partir da existência da liberdade para uma troca linguística, está sujeito a isso", disse ele. "Fico preocupado com a utilização de um aplicativo como esse. Demonstra um certo amadorismo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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