Três pessoas são mortas e dois ônibus incendiados em SP
A maioria dos casos ocorreu em Guarulhos, na Grande São Paulo, em mais uma noite de violência
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2012 às 16h49.
São Paulo – Dois ônibus incendiados, três mortes e seis tentativas de homicídio são o resultado de mais uma noite violenta na região metropolitana. A maioria dos casos ocorreu em Guarulhos, na Grande São Paulo , entre a noite de ontem (11) e a madrugada de hoje (12). Foi nesse município que a primeira ocorrência foi registrada, por volta de 21h10, quando um homem de 26 anos foi baleado.
Cerca de vinte minutos depois, às 21h30, um jovem de 20 anos foi levado ao Hospital Geral de Guarulhos, onde morreu, após ser baleado no bairro Cidade Seródio. Outra ocorrência foi registrada no mesmo município às 23 horas, quando um homem e uma mulher foram baleados e um homem, de 21 anos, morto. Mais quatro jovens foram baleados, às 23h45, dos quais um morreu no hospital. Os feridos relataram à polícia que foram baleadas por pessoas não identificadas em um carro preto.
O primeiro ônibus foi incendiado por volta de 22h30, também em Guarulhos. Três homens interceptaram o ônibus e atearam fogo. Eles jogaram combustível nos olhos do motorista do veículo, que foi levado ao hospital, mas passa bem. Na capital, um ônibus foi incendiado na Vila Albertina, zona norte, por volta das 23 horas. Não houve feridos.
A onda de violência em São Paulo tem sido objeto de preocupação de diferentes esferas de governo e do Poder Judiciário. Governo do estado e Ministério da Justiça fazem hoje à tarde a primeira reunião da agência integrada de inteligência, anunciada no último dia 6 com o objetivo de unir os serviços de informação estadual e federal para orientar a ação de combate ao crime por parte da polícia paulista.
Dentre as ações propostas pela parceria, está o chamado asfixiamento financeiro das organizações criminosas, impedindo o fluxo de capitais que abastecem o crime organizado. Na reunião, deve ser iniciado um estudo sobre um plano de contenção nas divisas do estado, conforme anunciou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na semana passada. A agência será coordenada pelo superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon, e pelo secretário adjunto de Segurança Pública, Jair Manzano.
Além da criação da agência, outras cinco ações devem ser desenvolvidas: contenção nas fronteiras do país, ações de enfrentamento e combate ao crack, criação de um centro de controle de comando integrado, criação de um centro pericial e possibilidade de transferência de presos.
O primeiro preso transferido foi Francisco Antônio Cesário, conhecido como Piauí, na última quarta-feira (7). Ele foi levado para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Piauí é líder de uma facção criminosa e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, é responsável pelas ordens que resultaram nos primeiros assassinatos de policiais militares no estado.
A transferência de presos para penitenciárias federais também foi tratada em ofício dos promotores de Justiça de Execuções Criminais de São Paulo ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público do estado, Márcio Elias Rosa, encaminhado no dia 6. No documento, eles avaliam que o sistema prisional do estado não tem condições de assegurar o isolamento de líderes criminosos.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo também anunciou medidas de enfrentamento ao crime. No dia 7 de novembro, foi criado o Gabinete Criminal de Crise no Tribunal de Justiça (GACC). Ele funcionará como órgão de interlocução com a Secretaria da Administração Penitenciária, a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Federal, assim como outros órgãos relacionados ao combate da criminalidade no estado.
O último balanço da SSP, com dados do terceiro trimestre, aponta que o número de vítimas de assassinatos este ano ultrapassou os resultados dos primeiros nove meses do ano passado. Até setembro de 2012, foram registradas 3.536 mortes. No mesmo período de 2011, foram 3.225 assassinatos.
Os números da secretaria também revelaram aumento de 96% no número de homicídios na cidade de São Paulo no mês de setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. A capital registrou 135 casos de homicídios, enquanto no mesmo mês de 2011 foram registrados 69 casos. O órgão só deve ser divulgar novo balanço a partir da segunda quinzena de dezembro.
São Paulo – Dois ônibus incendiados, três mortes e seis tentativas de homicídio são o resultado de mais uma noite violenta na região metropolitana. A maioria dos casos ocorreu em Guarulhos, na Grande São Paulo , entre a noite de ontem (11) e a madrugada de hoje (12). Foi nesse município que a primeira ocorrência foi registrada, por volta de 21h10, quando um homem de 26 anos foi baleado.
Cerca de vinte minutos depois, às 21h30, um jovem de 20 anos foi levado ao Hospital Geral de Guarulhos, onde morreu, após ser baleado no bairro Cidade Seródio. Outra ocorrência foi registrada no mesmo município às 23 horas, quando um homem e uma mulher foram baleados e um homem, de 21 anos, morto. Mais quatro jovens foram baleados, às 23h45, dos quais um morreu no hospital. Os feridos relataram à polícia que foram baleadas por pessoas não identificadas em um carro preto.
O primeiro ônibus foi incendiado por volta de 22h30, também em Guarulhos. Três homens interceptaram o ônibus e atearam fogo. Eles jogaram combustível nos olhos do motorista do veículo, que foi levado ao hospital, mas passa bem. Na capital, um ônibus foi incendiado na Vila Albertina, zona norte, por volta das 23 horas. Não houve feridos.
A onda de violência em São Paulo tem sido objeto de preocupação de diferentes esferas de governo e do Poder Judiciário. Governo do estado e Ministério da Justiça fazem hoje à tarde a primeira reunião da agência integrada de inteligência, anunciada no último dia 6 com o objetivo de unir os serviços de informação estadual e federal para orientar a ação de combate ao crime por parte da polícia paulista.
Dentre as ações propostas pela parceria, está o chamado asfixiamento financeiro das organizações criminosas, impedindo o fluxo de capitais que abastecem o crime organizado. Na reunião, deve ser iniciado um estudo sobre um plano de contenção nas divisas do estado, conforme anunciou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, na semana passada. A agência será coordenada pelo superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon, e pelo secretário adjunto de Segurança Pública, Jair Manzano.
Além da criação da agência, outras cinco ações devem ser desenvolvidas: contenção nas fronteiras do país, ações de enfrentamento e combate ao crack, criação de um centro de controle de comando integrado, criação de um centro pericial e possibilidade de transferência de presos.
O primeiro preso transferido foi Francisco Antônio Cesário, conhecido como Piauí, na última quarta-feira (7). Ele foi levado para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Piauí é líder de uma facção criminosa e, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, é responsável pelas ordens que resultaram nos primeiros assassinatos de policiais militares no estado.
A transferência de presos para penitenciárias federais também foi tratada em ofício dos promotores de Justiça de Execuções Criminais de São Paulo ao procurador-geral de Justiça do Ministério Público do estado, Márcio Elias Rosa, encaminhado no dia 6. No documento, eles avaliam que o sistema prisional do estado não tem condições de assegurar o isolamento de líderes criminosos.
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo também anunciou medidas de enfrentamento ao crime. No dia 7 de novembro, foi criado o Gabinete Criminal de Crise no Tribunal de Justiça (GACC). Ele funcionará como órgão de interlocução com a Secretaria da Administração Penitenciária, a Secretaria da Segurança Pública e a Polícia Federal, assim como outros órgãos relacionados ao combate da criminalidade no estado.
O último balanço da SSP, com dados do terceiro trimestre, aponta que o número de vítimas de assassinatos este ano ultrapassou os resultados dos primeiros nove meses do ano passado. Até setembro de 2012, foram registradas 3.536 mortes. No mesmo período de 2011, foram 3.225 assassinatos.
Os números da secretaria também revelaram aumento de 96% no número de homicídios na cidade de São Paulo no mês de setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado. A capital registrou 135 casos de homicídios, enquanto no mesmo mês de 2011 foram registrados 69 casos. O órgão só deve ser divulgar novo balanço a partir da segunda quinzena de dezembro.