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Transferência de tecnologia pesou na escolha de caças suecos

A produção e montagem dos aviões serão feitas em parceria com a brasileira Embraer

Caça Gripen, da Saab: o Gripen NG será utilizado em missões de defesa aérea, reconhecimento aéreo e ataques no solo e no mar (Bruno Vincent/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2013 às 20h00.

Brasília – A transferência de tecnologia foi um dos fatores que levou o governo a optar pela compra de 36 caças da empresa sueca Saab , modelo Gripen NG. A produção e montagem dos aviões serão feitas em parceria com a brasileira Embraer.

O modelo NG (New Generation) é novo, derivado de versões anteriores do Gripen, e fez testes de voo apenas com protótipo. Para o governo, isso é positivo, uma vez que a tecnologia transferida será “inédita para o setor aeroespacial”.

“Quando terminar o desenvolvimento nós teremos propriedade intelectual desse avião, teremos acesso a tudo”, explicou o comandante da Aeronaútica, Juniti Saito, que participou do anúncio da escolha pelos caças suecos.

O Gripen NG será utilizado em missões de defesa aérea, reconhecimento aéreo e ataques no solo e no mar. Um dos requisitos apontados pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a escolha do modelo foi a tecnologia de ponta, com sensores avançados e fusão de dados. O contrato contempla ainda treinamento de pilotos e mecânicos, aquisição de simuladores de voo e logística inicial.

Ao anunciar a compra, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a escolha foi "objeto de estudos e ponderações muito cuidadosas", levando em conta a performance, transferência efetiva de tecnologia e custo de aquisição e manutenção. De acordo com ele, a escolha pelos aviões suecos foi "o melhor equilíbrio desses três fatores".

“Em breve, teremos aviões à altura da necessidade de defesa do nosso país”, completou o ministro.

A próxima etapa é a negociação do contrato, que poderá durar cerca de um ano. Os pagamentos à empresa sueca não serão feitos antes disso. Dessa forma, a compra não deve trazer implicações no Orçamento da União de 2014, que já não contava com nenhuma previsão específica para o Projeto FX-2, que trata dos caças para a FAB. Saito foi além e disse que “o primeiro desembolso será só depois do último avião entregue”.

Se a negociação ocorrer dentro do prazo previsto, o contrato deve ser assinado em dezembro de 2014, a FAB irá receber o primeiro caça sueco no final de 2018. O Gripen NG tem 14,1 metros de comprimento, 8,6 metros de envergadura e velocidade máxima de M 2.0, ou seja, duas vezes a velocidade do som.

O Projeto FX-2 teve início em 2001. Aeronaves de três países disputaram o contrato com o governo brasileiro. Além dos suecos da Saab, estavam na disputa a norte-americana Boeing (F-18E/FSuper Hornet) e a francesa Dassault, com o modelo Rafale F3. Os caças suecos substituirão os Mirage 2000, que serão aposentados este mês.

Com a desativação dos Mirage 2000, a FAB irá usar, principalmente, os caças F5M até a chegada dos aviões Gripen. Existe ainda a possibilidade de os suecos disponibilizarem ao Brasil versões anteriores do Gripen até a entrega dos modelos NG.

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Brasília – A transferência de tecnologia foi um dos fatores que levou o governo a optar pela compra de 36 caças da empresa sueca Saab , modelo Gripen NG. A produção e montagem dos aviões serão feitas em parceria com a brasileira Embraer.

O modelo NG (New Generation) é novo, derivado de versões anteriores do Gripen, e fez testes de voo apenas com protótipo. Para o governo, isso é positivo, uma vez que a tecnologia transferida será “inédita para o setor aeroespacial”.

“Quando terminar o desenvolvimento nós teremos propriedade intelectual desse avião, teremos acesso a tudo”, explicou o comandante da Aeronaútica, Juniti Saito, que participou do anúncio da escolha pelos caças suecos.

O Gripen NG será utilizado em missões de defesa aérea, reconhecimento aéreo e ataques no solo e no mar. Um dos requisitos apontados pela Força Aérea Brasileira (FAB) para a escolha do modelo foi a tecnologia de ponta, com sensores avançados e fusão de dados. O contrato contempla ainda treinamento de pilotos e mecânicos, aquisição de simuladores de voo e logística inicial.

Ao anunciar a compra, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a escolha foi "objeto de estudos e ponderações muito cuidadosas", levando em conta a performance, transferência efetiva de tecnologia e custo de aquisição e manutenção. De acordo com ele, a escolha pelos aviões suecos foi "o melhor equilíbrio desses três fatores".

“Em breve, teremos aviões à altura da necessidade de defesa do nosso país”, completou o ministro.

A próxima etapa é a negociação do contrato, que poderá durar cerca de um ano. Os pagamentos à empresa sueca não serão feitos antes disso. Dessa forma, a compra não deve trazer implicações no Orçamento da União de 2014, que já não contava com nenhuma previsão específica para o Projeto FX-2, que trata dos caças para a FAB. Saito foi além e disse que “o primeiro desembolso será só depois do último avião entregue”.

Se a negociação ocorrer dentro do prazo previsto, o contrato deve ser assinado em dezembro de 2014, a FAB irá receber o primeiro caça sueco no final de 2018. O Gripen NG tem 14,1 metros de comprimento, 8,6 metros de envergadura e velocidade máxima de M 2.0, ou seja, duas vezes a velocidade do som.

O Projeto FX-2 teve início em 2001. Aeronaves de três países disputaram o contrato com o governo brasileiro. Além dos suecos da Saab, estavam na disputa a norte-americana Boeing (F-18E/FSuper Hornet) e a francesa Dassault, com o modelo Rafale F3. Os caças suecos substituirão os Mirage 2000, que serão aposentados este mês.

Com a desativação dos Mirage 2000, a FAB irá usar, principalmente, os caças F5M até a chegada dos aviões Gripen. Existe ainda a possibilidade de os suecos disponibilizarem ao Brasil versões anteriores do Gripen até a entrega dos modelos NG.

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