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Toffoli vai integrar colegiado do STF que julgará Lavo Jato

Com a decisão, além de participar do julgamento dos processos na Operação Lava Jato, Toffoli também presidirá a Segunda Turma após a saída do ministro Zavascki


	Como o ministro Marco Aurélio, membro mais antigo da Primeira Turma, afirmou que não vai deixar o colegiado, Toffoli, segundo integrante mais antigo, foi transferido
 (José Cruz/Agência Brasil)

Como o ministro Marco Aurélio, membro mais antigo da Primeira Turma, afirmou que não vai deixar o colegiado, Toffoli, segundo integrante mais antigo, foi transferido (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 15h07.

Brasília - O ministro Dias Toffoli foi transferido hoje (11) para a  Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), colegiado que vai julgar as ações da Operação Lava Jato

Ontem, (10), os ministros que compõem o colegiado decidiram convocar um integrante da Primeira Turma para ocupar a cadeira deixada pelo ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado. A medida foi tomada porque a presidenta Dilma Rousseff ainda não indicou um nome para o lugar de Barbosa no Tribunal.  

Com a decisão, além de participar do julgamento dos processos que envolvem políticos citados na Operação Lava Jato, Toffoli também presidirá a Segunda Turma a partir de maio, quando acaba o mandato de Teori Zavascki na presidência da Turma. 

A transferência foi assinada pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. A decisão foi cumprida formalmente, de acordo com o critério de antiguidade e a pedido de Toffoli. 

De acordo com Regimento Interno do STF, o candidato mais antigo na Primeira Turma tem preferência na escolha. Como o ministro Marco Aurélio, membro mais antigo, afirmou que não vai deixar o colegiado, Toffoli, segundo integrante mais antigo, foi transferido.  

As duas turmas do STF são compostas por cinco membros. No entanto, desde julho do ano passado, com a aposentadoria de Joaquim Barbosa, a Segunda Turma está julgando as ações com quatro ministros, registrando empates, que favorecem a absolvição de réus em ações criminais.

A sugestão de mudança foi feita pelo ministro Gilmar Mendes e aceita pelos demais colegas, entre eles, Teori Zavascki, relator da Lava Jato. Além de Mendes, Zavascki e Celso de Mello, que é o decano do Supremo (mais antigo membro), concordaram com a medida e também disseram que não seria conveniente para o novo integrante ser nomeado para julgar a maioria das ações da Lava Jato.

Os casos envolvendo os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ), serão julgados no plenário da Corte e poderão contar com participação do novo ministro que será indicado. 

De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ainda não há prazo para que o anúncio da indicação seja feito pela presidenta.

Acompanhe tudo sobre:Operação Lava JatoSupremo Tribunal Federal (STF)

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