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Todos os países fazem contraespionagem, diz Cardozo

Ministro classificou de contraespionagem o monitoramento de diplomatas de três países em embaixadas e nas suas residências


	José Eduardo Cardozo: ministro negou que a ação que o Brasil praticou seja semelhante ao que recebeu dos Estados Unidos
 (Valter Campanato/ABr)

José Eduardo Cardozo: ministro negou que a ação que o Brasil praticou seja semelhante ao que recebeu dos Estados Unidos (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 20h07.

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, classificou de contraespionagem a informação de que o governo brasileiro monitorou diplomatas de três países em embaixadas e nas suas residências. "Quando você acha que existem espiões de potências estrangeiras atuando no Brasil, você deixa de espionar? Não, você faz a contraespionagem", afirmou.

Ele negou que a ação que o Brasil praticou seja semelhante ao que recebeu dos Estados Unidos. "O que nós tivemos em relação ao Brasil foi uma violação do sigilo, de regras da constituição brasileira. Violou-se mensagens, ligações, que afrontam a soberania brasileira", argumentou. Em relação ao que o Brasil praticou, segundo ele, não houve violação à intimidade e foi feito em território nacional. "Se você me perguntar como fica a imagem do Brasil, eu não vejo nenhum abalo."

Cardozo afirmou que todos os países fazem e tem que fazer a contraespionagem. "O que não posso fazer é violar direito das pessoas e soberania. Essa é diferença crucial", afirmou. A Folha de São Paulo divulgou nesta semana que a Agência Brasileira de Inteligência espionou diplomatas da Rússia, do Irã e do Iraque.

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