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Tia Eron diz sim; Renan e Jucá no STF…

Cunha cassado? O parecer que pede a cassação do deputado Eduardo Cunha foi aprovado nesta terça-feira pelo Conselho de Ética. Depois de 245 dias, os membros decidiram, por 11 votos a 9, que o parlamentar tem de perder seu mandato por ter mentido à CPI da Petrobras ao dizer que não tem contas no exterior. […]

TIA ERON: deputada votou “sim” e cassação de Eduardo Cunha avançou  / Câmara dos Deputados

TIA ERON: deputada votou “sim” e cassação de Eduardo Cunha avançou / Câmara dos Deputados

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 07h02.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h27.

Cunha cassado?

O parecer que pede a cassação do deputado Eduardo Cunha foi aprovado nesta terça-feira pelo Conselho de Ética. Depois de 245 dias, os membros decidiram, por 11 votos a 9, que o parlamentar tem de perder seu mandato por ter mentido à CPI da Petrobras ao dizer que não tem contas no exterior. Voto decisivo, a deputada Tia Eron foi favorável ao relatório do deputado Marcos Rogério. Além dela, causou surpresa o voto, que apoia a cassação, de Wladimir Costa, do Solidariedade, tido como da tropa de choque de Cunha.

Ainda há jogo

Apesar disso, o jogo não acabou. Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o colegiado começou a analisar nesta terça-feira o parecer do deputado Arthur Lira que altera o rito de votação, no plenário, do processo de cassação de deputados. O Solidariedade trocou Major Olímpio, contrário ao relatório de Lira, por Lucas Vergília, favorável. A mudança foi imposta pela direção da legenda, liderada por Paulinho da Força. Lira iniciou a leitura de seu relatório, mas a sessão foi adiada.

Renan e Jucá no STF

No Senado, o dia também não foi de boas notícias para o PMDB. O Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito para investigar se integrantes da cúpula do partido receberam propina na construção da hidrelétrica Belo Monte. Serão investigados o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA). A apuração é oriunda da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. O ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão já é investigado em outro inquérito sobre corrupção na usina.

Teori nega pedidos de prisão

O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki negou os pedidos de prisão de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney, feitos pela Procudoria-Geral da República (PGR). Segundo o ministro, as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sozinhas não são provas suficientes de que Renan, Jucá e Sarney efetivamente pretendiam obstruir a justiça e a operação Lava-Jato — apesar de, segundo Teori, os diálogos não se mostrarem “à altura de agentes públicos titulares dos mais elevados mandatos de representação popular”.

Eu e ela

Em visita às instalações dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, o presidente interino Michel Temer afirmou não se opor à presença de Dilma Rousseff na cerimônia de abertura do evento, mas que a questão cabe ao comitê organizador. Segundo ele, a Olimpíada é a “possibilidade de reunificação do pensamento nacional”. Na ocasião, Temer garantiu que o governo federal fará repasses para permitir que a obra do metrô seja terminada. O empréstimo do BNDES depende hoje de aprovação do Tesouro Nacional.

Erro de planejamento

O Ministério do Planejamento afirmou nesta terça-feira que o impacto do reajuste no salário dos servidores havia sido subestimado pela pasta. Quando da aprovação pela Câmara de Deputados, no dia 2 de junho, o ministério havia dito que a medida custaria cerca de 53 bilhões de reais até 2018 para a União. Em nota divulgada nesta terça-feira, informou que o rombo deve ser de 67,7 bilhões. De acordo com a pasta, houve um erro técnico na apuração dos impactos decorrentes do ajuste. “As informações divulgadas deixaram de computar parte do efeito das anualizações dos reajustes concedidos nos anos anteriores. Desta maneira, os valores apresentados para 2017 e 2018 estavam subestimados”, informou o Planejamento na nota.
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Land Rover no Brasil

A fabricante de automóveis Jaguar Land Rover inaugurou no Rio de Janeiro a primeira fábrica de carros da marca fora do Reino Unido. Embora haja linhas de produção da companhia na Índia e na China, elas somente montam os carros com peças importadas. O investimento é de 750 milhões de reais, em um complexo fabril de 60.000 metros quadrados na cidade de Itatiaia. A capacidade é de 24.000 carros por ano, mas os executivos afirmam que a fábrica deve seguir o ritmo de mercado. A companhia espera um aquecimento do mercado nacional entre 2017 e 2018.

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A fúria xenófoba de Trump

O candidato do Partido Republicano à Casa Branca, Donald Trump, engrossou o tom anti-imigrantes após o ataque a uma boate gay em Orlando, na Flórida. Num discurso que já se tornou característico de sua campanha, Trump disse que muçulmanos radicais estão entrando no país em meio a refugiados e “tentando cooptar as crianças”. Uma de suas bases de campanha é a expulsão dos muçulmanos do país. Após o ataque, Trump afirmou que os Estados Unidos devem suspender toda a imigração que venha de países com “um histórico provado de terrorismo”.

A reação a Trump

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que o discurso do candidato republicano à Presidência, o empresário Donald Trump, sobre o atentado em Orlando remete aos períodos mais sombrios da história americana. “Escutamos uma fala que generaliza os imigrantes e sugere que comunidades religiosas inteiras sejam complacentes com a violência”, disse Obama. O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Paul Ryan, clamou por uma união com muçulmanos moderados para banir o terrorismo islâmico, ao mesmo tempo que reiterou sua oposição ao pensamento de Donald Trump.

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