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Tesoureiro do PT nega relações com advogado acusado

"Vaccari esteve várias vezes na sede da CSA, possivelmente a fim de tratar de operações com fundos de pensão com Cláudio Mente", relatou advogado em depoimento

Agentes da Polícia Federal durante operação: Vaccari disse que não conhece o advogado (Marcello Casal Jr./ABr)
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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 13h42.

São Paulo - Procurado na quinta-feira, 22, pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o tesoureiro nacional do PT , João Vaccari Neto, informou, por meio da assessoria" do partido, que Cláudio Mente, da CSA, é seu amigo pessoal e que o visitou "eventualmente" na empresa. Ele disse nunca ter feito negócios com ele.

A resposta de Vaccari Neto refere-se a depoimento prestado à Polícia Federal pelo advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, um dos integrantes do esquema investigado na Operação Lava Jato , no qual afirmou que Vaccari Neto era um dos contatos de fundos de pensão com a CSA Project Finance Consultoria e Intermediação de Negócios Empresariais, empresa que o doleiro Alberto Youssef usou para lavar R$ 1,16 milhão do Mensalão, segundo a PF.

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"João Vaccari esteve várias vezes na sede da CSA, possivelmente a fim de tratar de operações com fundos de pensão com Cláudio Mente", relatou o advogado.

Vaccari disse que não conhece o advogado e que, entre 2005 e 2006, época da operação com o Petros, não era tesoureiro do PT, mas sindicalista. Ele lamentou a acusação do depoente, segundo a qual, "possivelmente", tratava de fundos de pensão na CSA. O tesoureiro também afirmou que está à disposição da Justiça para eventuais esclarecimentos.

As empresas Mendes Junior e Grupo Sanko também foram citadas no depoimento de Carlos Alberto Costa à PF. A Mendes Junior afirmou por meio de nota que todos os seus contratos "são feitos estritamente de acordo com as normas legais".

O Grupo Sanko, ao qual pertence a empresa Sanko Sider, por sua vez, divulgou nota na qual afirma "estranhar" a insistência em tentarem associá-la a "atos e atividades com as quais não temos nenhuma relação". Carlos Alberto relatou várias operações supostamente ilícitas de empreiteiras com o doleiro Youssef, entre elas contratos sem prestação de serviços com a empresa.

"O Grupo Sanko, conforme já reiterou, não tem e nunca teve contas bancárias no Exterior. Todos os pagamentos do Grupo Sanko foram feitos, sem qualquer exceção, por intermédio do Banco Central do Brasil, e devidamente auditados pela Receita Federal. Eventuais dúvidas a respeito das operações do Grupo já foram pronta e devidamente esclarecidas, com toda a documentação necessária, às autoridades competentes. Continuamos estranhando a insistência em tentarem nos associar a atos e atividades com as quais não temos nenhuma relação", afirma a nota.

O jornal não conseguiu ontem contato com outras pessoas e empresas citadas pelo advogado, como Petros, Adarico Negromonte e Cláudio Mente. Também não foi localizado Humberto Grault.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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