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"Temos uma tarefa: ir para o 2º turno", diz Alckmin a deputados

Governador disse que "as coisas estão caminhando" e que o principal desafio para a sua candidatura à Presidência será articular bons palanques estaduais

Geraldo Alckmin: "a situação é favorável se tivermos juízo" (Alexandre Carvalho/A2img //Reprodução)

Geraldo Alckmin: "a situação é favorável se tivermos juízo" (Alexandre Carvalho/A2img //Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 06h35.

Brasília - Em conversa com deputados do PSDB na noite desta terça-feira, 6, o governador de São Paulo e presidente nacional da legenda, Geraldo Alckmin, afirmou que o desafio do partido vai ser chegar ao segundo turno das eleições presidenciais. "Nós só temos uma tarefa, ir para o segundo turno", afirmou.

O governador disse que "as coisas estão caminhando" e que o principal desafio para a sua candidatura à Presidência será articular bons palanques estaduais. "A situação é favorável se tivermos juízo", afirmou Alckmin.

Questionado sobre o que significava ter "juízo", o governador falou que o principal ponto é o PSDB caminhar unido. "Juízo é o partido estar unido, trabalharmos em torno de um grande projeto, para unir o País."

Estagnado nas pesquisas, Alckmin tem tido dificuldade de convencer o PSDB da viabilidade da sua candidatura. Ele também não tem conseguido atrair outros partidos, como o DEM, para uma aliança.

Nesta terça-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu que a candidatura do apresentador Luciano Huck seria boa para o Brasil.

Horas depois, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também é pré-candidato à Presidência, disse que Alckmin teria de trabalhar para alcançar o segundo turno.

Alckmin admitiu que a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poder disputar a eleição deve favorecê-lo na disputa. "Com Lula candidato você tinha uma vaga ocupada (no segundo turno), e ia disputar a segunda. Com o Lula não sendo candidato, são duas vagas para disputar", disse.

Segundo o governador, ele vai começar a "andar mais pelo País" quando deixar o governo de São Paulo, em abril. "Por enquanto eu ainda tenho que cuidar da província", disse, afirmando que tem dezenas de obras para inaugurar no Estado.

O encontro de Alckmin com deputados do PSDB aconteceu em uma galeteria no Lago Sul, região nobre de Brasília. Ele chegou ao local por volta das 23h, quando muitos parlamentares já haviam ido embora.

O jantar foi organizado pelo novo líder da bancada, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT). Os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) também participaram da confraternização. Ambos, no entanto, deixaram o local antes de Alckmin chegar.

Quando estava de saída, Aécio foi abordado por Leitão, num apelo para que esperasse o presidenciável. O tucano mineiro disse que já havia conversado com Alckmin à tarde, quando defendeu que o PSDB deve "radicalizar" a defesa pela reforma da Previdência.

Aécio tenta articular um encontro entre o governador de São Paulo e o presidente Michel Temer para discutir a questão. Alckmin, no entanto, disse que não há nada agendado por ora.

Nesta quarta-feira, o governador vai reunir a Executiva do partido para organizar a prévia, que deverá ser realizada em março. Até agora, além de Alckmin, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, também já se colocou como pré-candidato ao Planalto pelo PSDB.

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