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Temer diz que "não dará palpite" em sigilo de delações

Questionado se não temia vazamentos das 77 delações da Odebrecht e de que forma eles poderiam prejudicar o seu governo, Temer disse "eu não sei"

Temer: o presidente não respondeu sobre o impacto do possível envolvimento de auxiliares nas delações e se isso afetaria a reforma ministerial (Adriano Machado/Reuters)

Temer: o presidente não respondeu sobre o impacto do possível envolvimento de auxiliares nas delações e se isso afetaria a reforma ministerial (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 19h31.

Serra Talhada e Floresta (PE) - O presidente Michel Temer (PMDB) considerou "correta" a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, de homologar as 77 delações da Odebrecht.

"Acho que a presidente Carmem Lúcia, que até tinha pré-anunciado sua decisão para hoje ou amanhã, fez o que deveria fazer. E nesse sentido fez corretamente", disse.

Em outras ocasiões, Michel Temer tinha afirmado que a homologação das delações, antes da escolha do novo ministro do STF, poderia atrapalhar as ações do governo e a economia do País.

Em Serra Talhada, o presidente Temer disse que não pode "dar palpite" sobre a decisão da presidente do STF. "Ela manteve o sigilo e essa é uma decisão do Judiciário, eu não posso dar palpite em delação", afirmou.

Questionado se não temia vazamentos seletivos e de que forma eles poderiam prejudicar o seu governo, Temer disse "eu não sei". "De vez em quando sai um ou outro, mas eu confesso que estando lá no Supremo eu duvido que haja vazamento", afirmou, destacando que conhece "a seriedade, a competência, a extraordinária capacidade administrativa e judicial da presidente Cármen Lucia". "Tenho certeza de que vazamento não haverá", reforçou.

Cercado de ministros pernambucanos, o presidente não respondeu sobre o impacto do possível envolvimento de auxiliares nas delações e se isso afetaria a reforma ministerial.

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