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Temer decide enviar reforma da Previdência após eleições

Em mais um recuo, Temer, que jantou esta noite no Palácio do Alvorada com ministros e líderes dos partidos aliados, acabou cedendo à pressão dos parlamentares.

Michel Temer: recuo desagrada a área econômica, que entendia que o envio seria um sinal positivo ao mercado sobre real intenção de levar adiante os ajustes prometidos. (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2016 às 22h35.

Brasília - Em mais um recuo do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer , que jantou esta noite no Palácio do Alvorada com ministros e líderes dos partidos da base aliada, acabou cedendo à pressão dos parlamentares e das centrais sindicais e concordou em deixar o envio da Reforma da Previdência para depois das eleições.

"Antes das eleições não irão mais", declarou o deputado Paulo Pereira da Silva, da Força Sindical, ao explicar que, na semana que vem, deverá ser promovida uma nova reunião com as centrais sindicais, no Planalto. Com isso, o envio da reforma poderá ser enviada apenas em novembro, depois do segundo turno. Mas a ideia do governo é que comece a ser apreciada ainda este ano. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também tinha se declarado contra o envio da proposta antes das eleições.

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Como o texto final não está fechado ainda, Temer concordou em discutir mais as medidas a serem propostas. O presidente quer discutir mais o assunto e até mesmo fazer campanhas para apresentar as ideias de mudanças, para tentar reduzir as resistências.

Mas a ideia desagrada alguns setores do governo, como a área econômica, que entendia que o envio seria um sinal positivo e uma demonstração ao mercado da real intenção de Temer de levar adiante os ajustes prometidos. Só que os políticos são contra a ideia por temerem que esta proposta possa atrapalhar o desempenho de vários candidatos nas eleições municipais.

Temer também pretende se reunir com aliados, a exemplo do que fez nesta terça-feira para defender a PEC dos gastos públicos, para tratar da reforma da Previdência e pedir apoio dos parlamentares. Para isso, o governo irá preparar, também planilhas e dados para ajudar deputados e senadores a defenderem a ideia. (Tânia MOnteiro, Erich Decat e Vera Rosa)

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