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Temer chefiará delegação brasileira em viagem à China

É a primeira vez que uma grande delegação brasileira visita o país depois da posse dos novos quadros do governo chinês


	Temer disse que os interesses brasileiros vão de programas educacionais até espaciais
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Temer disse que os interesses brasileiros vão de programas educacionais até espaciais (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2013 às 19h24.

Brasília – O vice-presidente Michel Temer representará o Brasil nesta semana e na próxima, na China, em eventos de alto nível entre os dois países. Empresários de diversos setores e ministros de Estado também estarão na Ásia para discutir com autoridades chinesas avanços nas relações bilaterais e oportunidades nas áreas de comércio, infraestrutura, ciência e tecnologia e educação.

É a primeira vez que uma grande delegação brasileira visita o país depois da posse dos novos quadros do governo chinês, entre eles o presidente Xi Jinping, que assumiu o cargo em março. Segundo Temer, as relações entre o Brasil e a China terão aumento significativo nos próximos anos.

“Estamos indo para lá no momento do Plano Decenal [de Cooperação entre Brasil e China], e o evento está se dando precisamente quando se instala um novo governo na China. A intensificação dessas relações diplomáticas, mais do que dizer que é inevitável, eu diria que é desejável”, disse Temer, em entrevista à Agência Brasil.

Chefe da delegação do país na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), o vice-presidente tratará, em 6 de novembro, em Cantão, dos principais temas econômicos, comerciais e financeiros dos dois países com o vice-primeiro-ministro chinês, Wang Yang, chefe da delegação chinesa.

Será a terceira reunião da Cosban, que já teve edições no Brasil, no ano passado, e em Pequim, em 2006. De acordo com o Itamaraty, a Cosban é a instância política de mais alto nível de diálogo regular entre os dois países e tem, ao todo, 11 comissões, que abrangem a agenda bilateral econômico-financeira, educacional, política, de agricultura, energia e mineração, indústria e tecnologia da informação.

Para tanto, representantes de cada setor, incluindo os ministros da Agricultura, Antônio Andrade, da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Aviação Civil, Moreira Franco, além de representantes do Banco Central, vão se reunir com os colegas chineses para discutir meios de ampliar as relações bilaterais.

Temer disse que os interesses brasileiros vão de programas educacionais, como o Ciência sem Fronteiras, até espaciais, como a construção de satélites avançados de sensoriamento remoto. Interessam também a abertura do mercado chinês à carne brasileira e o aumento das trocas comerciais, que, no ano passado, chegaram a US$ 75 bilhões, mais de 20 vezes acima do que foi registrado no início da década.

Durante a estada de uma semana na China, Temer, que foi escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para ser o embaixador de questões comerciais do Brasil com outros países, também participará, em 5 de novembro, da abertura do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau, região que ficou sob domínio de Portugal durante mais de 400 anos. O fórum reunirá representantes de Angola, Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique, Timor-Leste e Portugal. Após os eventos em Cantão e Macau, cumprirá visita oficial, em Pequim, onde se encontrará com o presidente Xi Jinping.

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