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Técnicos encontram peças de material radioativo em avião

Peças de material radioativo faziam parte da sucata de um avião em terreno comercial de Taguatinga, no DF

Peças radioativas de partes de um avião foram encontradas no DF (REUTERS/Romeo Ranoco)
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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 12h57.

Brasília - Técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) recolheram ontem (3) à noite peças de material radioativo que faziam parte da sucata de um avião em terreno comercial de Taguatinga, cidade a 21 quilômetros de Brasília. Leiloada recentemente, a aeronave de médio porte está tendo a cabine transformada em um restaurante.

De acordo com o escritório do Cnen no Distrito Federal , foram retiradas das asas do avião duas peças com amerício-241. Instalados nos tanques, os equipamentos retirados medem a densidade do combustível e são comuns em aeronaves. Segundo os técnicos, a quantidade do material era pequena e as cápsulas não estavam rompidas.

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O elemento, destacou o Cnen, tem baixa radioatividade e oferece pouco risco. Peças com amerício-241 são usadas em para-raios. Apenas em caso de rompimento e de contato direto com o corpo humano, haveria a possibilidade de contaminação.

O material foi encaminhado para análise da unidade do Cnen em Abadia de Goiás, na região metropolitana de Goiânia. De lá, as cápsulas de amerício serão depositadas em armazéns especiais na própria cidade, conforme o protocolo de recolhimento de resíduos radioativos.

Desmontado, o avião havia sido vendido para comerciantes que pretendem montar um restaurante em um terreno comercial próximo ao Parque Saburo Onoyama, em Taguatinga, próximo a uma churrascaria e de frente para uma floricultura. Segundo o Cnen, as cápsulas deveriam ter sido retiradas antes de a aeronave ser leiloada.

O órgão vai abrir uma investigação sobre a venda de restos de avião no Distrito Federal. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e a Presidência da República foram informadas sobre o caso. De acordo com o Cnen, a denúncia foi feita por e-mail por um piloto que esteve no terreno e viu os equipamentos radioativos nas asas, que ainda estavam desmontadas.

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