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TCU vai investigar "gastos duplicados" no cartão corporativo de Bolsonaro

Auditoria recente identificou que gastos corporativos somam mais de R$ 21 milhões

Bolsonaro: TCU abriu procedimento interno para apurar se há gastos duplicados no cartão corporativo da Presidência (Mario Tama/Getty Images)

Bolsonaro: TCU abriu procedimento interno para apurar se há gastos duplicados no cartão corporativo da Presidência (Mario Tama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de junho de 2022 às 18h31.

Última atualização em 10 de junho de 2022 às 18h43.

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu abrir um procedimento interno para apurar se há gastos duplicados em contratos do governo federal e no cartão corporativo da Presidência. O relator será o ministro Antonio Anastasia.

O processo foi aberto partindo de uma representação do deputado federal Elias Vaz (PSB-GO). “Há despesas informadas na fatura do cartão e contratos firmados pela União para os mesmos serviços. É uma verdadeira farra com dinheiro dos impostos dos brasileiros. Queremos que as contas anuais do presidente sejam rejeitadas e os valores sejam devolvidos aos cofres públicos”, afirma o parlamentar.

Uma auditoria do TCU, revelada pela revista Veja, identificou que, desde o início do governo Jair Bolsonaro (PL), os gastos corporativos somam mais de R$ 21 milhões. O valor considera as faturas do presidente, da primeira-dama Michelle Bolsonaro e do entorno mais íntimo de ambos.

O deputado também fez um levantamento com base em dados disponíveis no Portal da Transparência. De acordo com Vaz, o governo pagou R$ 12,1 milhões a uma empresa para fornecimento de passagens, entre janeiro de 2020 e maio de 2022.

O Estadão trava uma batalha judicial pelo acesso às informações do cartão corporativo de Bolsonaro há dois anos. O pedido de transparência cobra o direito de os jornalistas do veículo terem acesso à descrição de como o presidente faz uso dos recursos públicos para fins pessoais e organizacionais. O valor dos gastos é divulgado pelo Portal da Transparência, mas a explicação sobre os produtos e serviços comprados é omitida.

(Estadão Conteúdo)

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