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Suspeição de Janot, aumento do IR, "fogo e fúria" de Trump e mais

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Temer: o presidente pediu a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot (Adriano Machado/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 8 de agosto de 2017 às 20h01.

Governo estuda aumentar IR

O presidente Michel Temer confirmou nesta terça-feira que o governo está avaliando o aumento da alíquota do Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. Os estudos acontecem poucas semanas após o aumento do imposto sobre combustíveis (PIS/Cofins) e mostram a corrida para cumprir as metas fiscais deste e do próximo ano, que sempre foram descritas pelo governo como imutáveis. Segundo os jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, está em estudo um pacote de aumento de impostos para quem ganha salários maiores de 20.000 reais. A tarifa, atualmente em 27,5%, passaria para 35%. Economistas afirmam que o governo não conseguirá cumprir a meta fiscal deste ano (déficit de 139 bilhões de reais) e nem a do ano que vem (déficit de 129 bilhões).

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Temer pede suspeição de Janot

A defesa do presidente Michel Temer entrou nesta terça-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com relação às investigações que envolvem o presidente. O pedido foi divulgado pelo jornal O Estado de S. Paulo. A defesa alega que a atuação de Janot nos casos relacionados ao presidente da República extrapolam os limites constitucionais. Se o pedido for aceito pelo STF, o atual chefe da Procuradoria-Geral da República fica impedido de atuar em casos que envolvam Temer. A defesa de Temer afirma que Janot mantém um “obstinado empenho no encontro de elementos incriminadores do presidente, claramente excessivo e fora dos padrões adequados e normais, bem como as suas declarações alegóricas e inadequadas, mostram o seu comprometimento com a responsabilização penal do presidente”. O caso da delação premiada da J&F e a denúncia contra Temer são utilizadas como exemplo desses excessos.

Alckmin elogia Temer e Maia

O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), reiterou nesta terça-feira seu compromisso com a defesa das reformas que tramitam no Congresso. Diante do presidente Michel Temer (PMDB) e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o tucano afirmou que São Paulo dará total apoio às investidas do governo federal para retomar a geração de empregos e o crescimento econômico. “Quero dizer a Temer e Maia que contem conosco”, declarou Alckmin em evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O afago vai ao encontro de apoio já manifestado pelo tucano às iniciativas do governo federal no campo econômico. Alckmin defende que o PSDB desembarque da administração Temer e entregue os quatro ministérios que o partido controla. Na votação da denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente, na última quarta-feira, 11 dos 21 deputados tucanos que votaram pela admissibilidade da acusação eram de São Paulo.

Doria leva ovada e se diz revigorado

Após ser atingido por um ovo em Salvador, na noite desta segunda-feira, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), usou o discurso na Câmara Municipal da capital baiana para falar que o episódio o deixou mais “revigorado para lutar pelo Brasil”. Além disso, o tucano recebeu um aceno do prefeito da cidade, ACM Neto (DEM), para uma candidatura em 2018. Em Salvador, Doria recebeu o título de cidadão soteropolitano e, quando chegava à Câmara Municipal da capital, foi alvo de manifestantes, assim como ACM Neto.

Bate-boca no Senado

Um bate-boca interrompeu a sessão do Conselho de Ética do Senado na tarde desta terça-feira. Enquanto o presidente do conselho, João Alberto Souza (PMDB-MA), falava sobre o processo contra seis senadoras da oposição que ocuparam a mesa-diretora da Casa durante a votação da reforma trabalhista, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), tomou a palavra. Ele classificou a sessão de “ridícula”, uma vez que o próprio conselho havia absolvido o senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de receber 2 milhões de reais em propina de Joesley Batista. A fala foi suficiente para iniciar a discussão. Diversos senadores ficaram em pé e a confusão só parou quando a sessão foi suspensa por 10 minutos. Ao final, o caso das senadoras foi arquivado.

“Fogo e fúria” nas bolsas

O Ibovespa fechou em queda de 0,06% nesta terça-feira aos 67.989 pontos, acompanhando a queda nos mercados internacionais, após a fala do presidente americano, Donald Trump, de que reagiria com “fogo e fúria” às ameaças de mísseis nucleares vindas da Coreia do Norte. Nos Estados Unidos, os três principais índices, S&P500, Nasdaq e Dow Jones, também recuaram. O dólar avançou 0,15%, para 3,1300 reais. Depois do frigorífico JBS, a maior alta ficou com o banco Santander, 2,04%, e com a fabricante de aviões Embraer, 2,03%. Nas quedas, os piores resultados foram da empresa de papel e celulose Suzano, que caiu 2,91%, e da empresa de saneamento Sabesp, queda de 2,73%.

Kroton compra Somos?

A companhia de ensino superior Kroton sinalizou ao grupo Tarpon que está disposta a desembolsar até 5 bilhões de reais pela Somos Educação, segundo informações do Brazil Journal. O valor é 33% maior do que o atual valor de mercado da Somos, de 3,75 bilhões de reais. As ações da Kroton fecharam em alta de 0,47%. Fora do Ibovespa, a Somos teve alta de 4,9%.

Bitcoin recorde

A moeda digital bitcoin quebrou um novo recorde nesta terça-feira. A criptomoeda superou a cotação de 3.500 dólares pela primeira vez. Durante a tarde, os ganhos foram reduzidos, levando o preço para a casa dos 3.411 dólares. O aumento do interesse é visto como um reflexo do alívio do mercado com o desfecho de uma confusão envolvendo a criptomoeda. No último dia 1°, o bitcoin foi dividido em duas moedas virtuais: o bitcoin convencional e o bitcoin cash. O motivo da criação de uma “nova bitcoin” foi um conflito que se arrastava por anos, entre membros da comunidade, sobre a escolha de uma atualização de um software. Originalmente, o design da moeda exigia o armazenamento de informações na cadeia de código, o que tornava algumas operações lentas. Com a divisão, grupos antagônicos seguiram cada um o seu caminho.

Trump vs. Kim, novo round

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que a Coreia do Norte será recebida com “fogo e fúria” se continuar ameaçando os Estados Unidos. A resposta foi dada depois de o governo norte-coreano dizer que se vingaria “mil vezes” do país pelas sanções comerciais impostas pela ONU. De férias, o “recado” dado por Trump ocorreu em um clube de golfe em Nova Jersey.

Disney sai do Netflix

O conglomerado de mídia Disney anunciou nesta terça-feira que vai retirar seu conteúdo da plataforma de streaming Netflix. De acordo com o presidente da Disney, Bob Iger, a empresa vai lançar sua própria plataforma de streaming em 2019. Segundo ele, a plataforma própria contará com filmes, produções do estúdio Disney, novos investimentos em conteúdo original da marca para a televisão e transmissões do canal esportivo ESPN. Após a divulgação da Disney, as ações da Netflix caíram mais de 4%.

Google demite, WikiLeaks contrata

O engenheiro de software James Damore foi demitido do Google após escrever um relatório interno afirmando que o número de mulheres que trabalham na empresa em comparação ao de homens é menor devido a uma questão biológica, e não de discriminação. Damore se baseia na informação de que mulheres são menos interessadas em empregos com altos níveis de estresse, porque elas seriam mais ansiosas do que os homens. O presidente do Google, Sundar Pichai, disse que as afirmações do funcionário feriram o código de conduta ao reforçar graves estereótipos de gêneros. O ex-funcionário afirmou que sua demissão é um caso em que o Google não se mostra aberto às opiniões de seus empregados. Poucas horas depois, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, ofereceu emprego a Damore afirmando que “censura é para perdedores”.

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