Lula: o ex-presidente é acusado de ter recebido propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá e de um sítio em Atibaia (Leonardo Benassatto/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 10 de maio de 2017 às 15h35.
Última atualização em 10 de maio de 2017 às 15h44.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o terceiro pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para adiar o depoimento marcado para hoje (10) na sede da Justiça Federal em Curitiba.
Ele será ouvido na ação em que é réu na Operação Lava Jato.
A decisão do tribunal, tomada no início da tarde de hoje, indefere a solicitação dos advogados de Lula para que uma das ações penais fosse interrompida.
De acordo com a defesa de Lula, o processo não poderia estar sendo analisado pelo juiz federal Sérgio Moro, já que os fatos teriam ocorrido fora de Curitiba.
As negativas ocorrem no dia em que o ex-presidente é interrogado, em Curitiba, pelo juiz Moro. O presidente chegou para o depoimento por volta de 14h20.
Devido a manifestações agendadas para a capital paranaense - a favor e contra Lula - , um perímetro de 150 metros ao redor do prédio da Justiça Federal está bloqueado, sendo permitida a presença apenas de moradores, imprensa credenciada e comerciantes do local.
Mais cedo, o STJ já havia negado dois pedidos de adiamento do interrogatório. Esta é a primeira vez que Lula fica frente a frente com o juiz federal responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
O ex-presidente é acusado de ter recebido propina da empreiteira OAS por meio das reformas de um apartamento triplex no Guarujá, litoral de São Paulo, e de um sítio em Atibaia, no interior do estado.