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SPFC cancela apresentação de Ceni e Botafogo não treina

Acidente aéreo na Bolívia que matou jogadores da Chapecoense deixou de luto os clubes de futebol do país

Chapecoense: CBF adiou os dois jogos programados para o meio de semana (Facebook/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 12h27.

Última atualização em 29 de novembro de 2016 às 13h05.

São Paulo - A tragédia com o avião que levava a Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana paralisou o futebol brasileiro nesta terça-feira.

O evento mais esperado do dia, a apresentação do ídolo Rogério Ceni como técnico do São Paulo, foi cancelado pela diretoria do São Paulo.

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"Neste momento de angústia e solidariedade, em respeito à Chapecoense a apresentação do técnico Rogério Ceni foi cancelada", informou o clube paulista, pelo Twitter. O evento estava marcado para meio-dia.

O Botafogo, por sua vez, cancelou o treino que faria nesta terça-feira. "Todo departamento de futebol participou de uma oração na academia e foi liberado em seguida", disse o clube carioca. Caio Júnior e Mario Sérgio, que estavam no voo, são ex-treinadores do Botafogo.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adiou os dois jogos programados para o meio de semana: a final da Copa do Brasil, entre Atlético-MG e Grêmio, em Porto Alegre, marcada para quarta-feira, e também a segunda partida da decisão da Copa do Brasil Sub-20, entre São Paulo e Bahia, em Salvador (BA), que seria na quinta-feira.

Em Florianópolis, os presidentes do Avaí e do Figueirense concederam entrevista coletiva conjunta para lamentar o acidente com o rival catarinense.

"É um momento muito difícil. Está de luto o futebol brasileiro", disse o presidente do Figueirense, Wilfredo Brillinger.

Tragédia

O avião que transportava a delegação da Chapecoense contava com um total de 78 pessoas a bordo, entre elas 69 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, mesmo número jornalistas.

Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.

O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Como o avião,da companhia aérea LaMia, da Bolívia, não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de Medellín.

A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.

Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo.

Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.

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