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Polícia investiga se haste de monotrilho estourou

Peça caiu de uma altura de cerca de 25 metros, sobre a esquina da Avenida Washington Luís com a Rua Vieira de Morais

Queda de uma viga nas obras de implantação do monotrilho, que resultou na morte de um operário (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2014 às 21h42.

São Paulo - A Polícia Civil investiga se um suporte metálico que sustentava o trilho de concreto de 90 toneladas que caiu na tarde de segunda-feira, 9, no canteiro de obras da Linha 17-Ouro do Monotrilho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, estourou após a estrutura ser instalada.

A peça caiu de uma altura de cerca de 25 metros, sobre a esquina da Avenida Washington Luís com a Rua Vieira de Morais, matando o operário Juraci Cunha dos Santos, de 25 anos. Outros dois trabalhadores que estavam sobre a estrutura tiveram ferimentos leves.

A hipótese de a haste ter estourado foi levantada pelos investigadores do 27.º DP (Campo Belo) logo após o acidente, no próprio canteiro de obras.

Segundo a polícia, funcionários da obra disseram que o suporte metálico onde o trilho de concreto é encaixado arrebentou após a instalação.

Entre a manhã e a tarde de ontem, engenheiros do consórcio responsável pela obra estiveram no local para fazer uma perícia. Segundo o delegado titular do 27.º DP, Marcos Gomes de Moura, os engenheiros serão chamados a partir da próxima semana para serem ouvidos.

O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar). "Ainda é cedo para fazer qualquer tipo de afirmação sobre o que houve. Para não nos precipitarmos, vamos esperar os laudos", afirmou Moura.

Além da haste metálica, os peritos também vão fazer a perícia de outras partes da obra.

Ainda de acordo com o delegado, o operário morto e os dois feridos usavam equipamentos de segurança na hora do acidente. Um dos operários que tiveram ferimentos ficou pendurado sobre a avenida depois que o trilho desabou.

Também ontem, fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério do Trabalho, estiveram no local. Caso sejam constatadas irregularidades na construção, o órgão pode pedir a interdição da obra.

Ainda nesta terça, a Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito para investigar possíveis problemas durante o andamento da obra que possam ter contribuído para a queda do trilho.

Como o canteiro de obras fica do lado do Aeroporto de Congonhas, comerciantes das redondezas chegaram a pensar que a queda do trilho de 90 toneladas fosse um acidente de avião.

"O estrondo foi enorme e ensurdecedor. O mezanino da minha loja tremeu com o impacto do trilho no asfalto", disse José Cerchiai Junior, de 57 anos, proprietário de um loja de automóveis que fica a poucos metros do local do acidente.

Investigação

Questionado sobre o possível estouro do suporte metálico, o Metrô informou, em nota, que "está cobrando do Consórcio Monotrilho Integração uma rápida apuração das causas do acidente".

A empresa disse ainda que acompanha a assistência aos profissionais e às famílias e que está "à disposição do Ministério Público para colaborar com a investigação".

O consórcio, responsável pelas obras da Linha 17-Ouro, esclarece que a operação de ajuste de vigas já tinha sido repetida mais de 270 vezes sem acidentes. A empresa afirma ainda que está colaborando com as investigações.

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São Paulo - A Polícia Civil investiga se um suporte metálico que sustentava o trilho de concreto de 90 toneladas que caiu na tarde de segunda-feira, 9, no canteiro de obras da Linha 17-Ouro do Monotrilho, no Campo Belo, zona sul de São Paulo, estourou após a estrutura ser instalada.

A peça caiu de uma altura de cerca de 25 metros, sobre a esquina da Avenida Washington Luís com a Rua Vieira de Morais, matando o operário Juraci Cunha dos Santos, de 25 anos. Outros dois trabalhadores que estavam sobre a estrutura tiveram ferimentos leves.

A hipótese de a haste ter estourado foi levantada pelos investigadores do 27.º DP (Campo Belo) logo após o acidente, no próprio canteiro de obras.

Segundo a polícia, funcionários da obra disseram que o suporte metálico onde o trilho de concreto é encaixado arrebentou após a instalação.

Entre a manhã e a tarde de ontem, engenheiros do consórcio responsável pela obra estiveram no local para fazer uma perícia. Segundo o delegado titular do 27.º DP, Marcos Gomes de Moura, os engenheiros serão chamados a partir da próxima semana para serem ouvidos.

O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar). "Ainda é cedo para fazer qualquer tipo de afirmação sobre o que houve. Para não nos precipitarmos, vamos esperar os laudos", afirmou Moura.

Além da haste metálica, os peritos também vão fazer a perícia de outras partes da obra.

Ainda de acordo com o delegado, o operário morto e os dois feridos usavam equipamentos de segurança na hora do acidente. Um dos operários que tiveram ferimentos ficou pendurado sobre a avenida depois que o trilho desabou.

Também ontem, fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), do Ministério do Trabalho, estiveram no local. Caso sejam constatadas irregularidades na construção, o órgão pode pedir a interdição da obra.

Ainda nesta terça, a Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público Estadual (MPE) instaurou um inquérito para investigar possíveis problemas durante o andamento da obra que possam ter contribuído para a queda do trilho.

Como o canteiro de obras fica do lado do Aeroporto de Congonhas, comerciantes das redondezas chegaram a pensar que a queda do trilho de 90 toneladas fosse um acidente de avião.

"O estrondo foi enorme e ensurdecedor. O mezanino da minha loja tremeu com o impacto do trilho no asfalto", disse José Cerchiai Junior, de 57 anos, proprietário de um loja de automóveis que fica a poucos metros do local do acidente.

Investigação

Questionado sobre o possível estouro do suporte metálico, o Metrô informou, em nota, que "está cobrando do Consórcio Monotrilho Integração uma rápida apuração das causas do acidente".

A empresa disse ainda que acompanha a assistência aos profissionais e às famílias e que está "à disposição do Ministério Público para colaborar com a investigação".

O consórcio, responsável pelas obras da Linha 17-Ouro, esclarece que a operação de ajuste de vigas já tinha sido repetida mais de 270 vezes sem acidentes. A empresa afirma ainda que está colaborando com as investigações.

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