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Sistemas do STF são alvos de ataque após decisão de Moraes suspendendo o X

Sistema da Corte chegou a ficar fora do ar por 10 minutos, mas tribunal diz que não houve prejuízos

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) (Antonio Augusto/Secom/TSE/Flickr)

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) (Antonio Augusto/Secom/TSE/Flickr)

Agência o Globo
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Publicado em 3 de setembro de 2024 às 17h00.

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Os sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foram alvo de ataques cibernéticos após a decisão do ministro Alexandre de Moraes que intimou e determinou a suspensão da rede social X.

A informação sobre os ataques cibernéticos foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo GLOBO.

Em nota, o STF explicou que os ataques começaram depois da decisão em que Moraes determinou que o X indicasse um representante legal para a plataforma no Brasil. A Anatel informou ter observado um aumento nos ataques "que ocasionou instabilidades momentâneas".

"A Anatel esclarece que, como uma organização pública de grande relevância, é alvo frequente de ataques cibernéticos, especialmente em circunstâncias que envolvem temas sensíveis. Após a decisão do STF de bloquear o "X", a Agência observou um aumento esperado nesses ataques, o que ocasionou instabilidades momentâneas em seus sistemas e redes. Em resposta, a equipe de TI da Anatel agiu de forma contínua para mitigar os impactos e garantir a segurança das operações", disse a agência.

De acordo com a agência, ss sistemas foram "prontamente restabelecidos, e medidas adicionais foram adotadas para fortalecer a infraestrutura de rede, assegurando a continuidade dos serviços prestados à sociedade. A Anatel continua a monitorar a situação de maneira proativa e reafirma seu compromisso com a segurança cibernética e a proteção dos dados, mantendo as melhores práticas para resguardar suas operações e o atendimento aos usuários".

Já o Supremo informou que seus sistemas foram atacados de forma simultânea e ficaram inoperantes por dez minutos.

"A equipe técnica do tribunal agiu rapidamente, retirando os serviços do ar e implantando novas camadas de segurança, de modo que todos os acessos foram normalizados e não houve nenhum prejuízo operacional ao Tribunal", informou o Supremo.

Moraes determinou na sexta-feira a suspensão do X, rede social do empresário sul-africano Elon Musk, no Brasil. A decisão foi dada após a plataforma descumprir a ordem dada dois dias antes para indicar um representante legal no país, no prazo de 24 horas. O magistrado estipulou ainda multa de R$ 50 mil para qualquer pessoa ou empresa no país que usar X.

Essa é a segunda decisão de Moraes suspendendo uma plataforma no país. Em 2023, o magistrado chegou ordenar o bloqueio do Telegram, aplicativo de troca de mensagens, mas voltou atrás após a empresa indicar um representante.

Na decisão de sexta-feira, Moraes também chegou a determinar que lojas virtuais de Apple e Google bloqueassem a oferta de aplicativos de VPN. A ferramenta é usada para mascarar a origem do acesso de um usuário ou estabelecer uma rede segura — muito acionada, por exemplo, para trabalho remoto. No início da noite, porém, Moraes recuou e disse que revogava esta ordem até que as partes se manifestassem sobre o assunto.

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