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Sistema penitenciário do Rio está sob controle, diz governo

"Eu não posso prever o futuro, usar achismo. Até o momento, está sob controle, não tem como analisar risco. Estamos monitorando", disse secretário

Prisões: o secretário espera a volta ao trabalho dos agentes penitenciários para esta sexta, depois de três dias de paralisação (Wilson Dias/Agência Brasil)

Prisões: o secretário espera a volta ao trabalho dos agentes penitenciários para esta sexta, depois de três dias de paralisação (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 19h14.

Rio de Janeiro - O sistema penitenciário do Rio está sob controle, e o monitoramento dos presídios não aponta risco iminente de que a convulsão verificada em unidades do Norte e do Nordeste chegue ao Estado, disse nesta quinta-feira, 19, o secretário estadual de Administração Penitenciária, Erir Ribeiro Costa Filho.

"Eu não posso prever o futuro, usar achismo. Até o momento, está sob controle, não tem como analisar risco. Estamos monitorando. Pode acontecer? Eu não sei", disse Costa Filho.

"Em se falando de sistema prisional, mesmo dentro da normalidade, a preocupação é constante, independentemente do que está acontecendo no País. Estamos lidando com seres humanos. As pessoas só falam do Primeiro Comando da Capital (PCC), que não está no Rio. Isso traz uma situação de conforto", continuou o secretário, que espera a volta ao trabalho dos agentes penitenciários para esta sexta, depois de três dias de paralisação.

No período, eles interromperam parte dos serviços nos presídios, mantendo somente os essenciais, como alimentação dos detentos e cuidados emergenciais de saúde.

O secretário se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, o Defensor Público Geral do Estado, André Luiz Carvalho, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e Ministério Público, com o objetivo de formar um comitê de acompanhamento da situação no sistema. A primeira reunião deverá ser na semana que vem.

Costa Filho anunciou mais 1800 vagas no Estado até o fim do ano, sendo 950 em fevereiro, e o restante, nos próximos meses.

Hoje, os presídios fluminenses têm um excedente de presos de 85%. Ele disse também que está sendo feito um esforço para melhorar as condições de trabalho dos agentes, em especial quanto à aquisição de coletes à prova de balas e armamentos, demandas da categoria.

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