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Sinovac pediu para o Butantan adiar a divulgação da eficácia em dezembro

Nesta terça-feira, o Butantan divulgou os dados de eficácia geral da vacina, que ficou em 50,38%. O valor é acima do exigido por Anvisa e OMS

Funcionário segura frasco contendo Coronavac, vacina do Butantan/Sinovac contra coronavírus. (Amanda Perobelli/Reuters)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 15h34.

Última atualização em 13 de janeiro de 2021 às 10h18.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta terça-feira, 12, que a Sinovac pediu que a divulgação dos dados de eficácia da Coronavac, prevista para o dia 23 de dezembro, fosse adiada. O laboratório chinês é parceiro da instituição brasileira e é dono da tecnologia que desenvolve uma vacina contra a covid-19.

“Nós somos sócios da Sinovac e todas as informações são compartilhadas a todo tempo. As informações do dia 23 foram pré-analisadas, e eles pediram, de fato, para se aprofundar na análise porque achavam que o tempo estava muito curto. Pediram que não se divulgasse os números naquele momento até que se fizesse a análise”, disse Covas em entrevista coletiva.

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Na época, o adiamento causou uma estranheza da comunidade científica, que chegou até a questionar os estudos clínicos da vacina.Ainda segundo Dimas Covas, o laboratório chinês pediu mais dados e esclarecimentos sobre a lista final de casos e que “de comum acordo” Sinovac e Butantan chegaram aos números de eficácia geral.

Após atrasos, nesta terça-feira, o Butantan divulgou que a eficácia geral da Coronavac é de 50,38%. Este número indica a capacidade do imunizante de evitar casos sintomáticos da covid-19, e foi elogiado por médicos e cientistas que estiveram presente em uma coletiva de imprensa na sede do instituto.

Apesar da eficácia ser mais mais baixa que outras vacinas (as da Pfizer e da Moderna ficaram acima de 90%), está no limite mínimo exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 50%. Está também dentro dos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ricardo Palácios, diretor médico de pesquisa clínica do Butantan, explicou que a eficácia ficou mais baixa porque considerou a resposta imunológica também em casos muito leves da doença, que não necessitam de atendimento médico.

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