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Sindicatos devem se mobilizar contra terceirização, diz CUT

O presidente da CUT disse que todos os sindicatos ligados à central devem colocar estruturas e mobilização a serviço das paralisações contra a terceirização


	Membros da CUT: "estamos diante de um forte ataque do Congresso Nacional aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras", afirma CUT
 (Valter Campanato/ABr)

Membros da CUT: "estamos diante de um forte ataque do Congresso Nacional aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras", afirma CUT (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2015 às 22h46.

São Paulo - O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse nesta segunda-feira, 13, que todos os sindicatos ligados à central devem colocar as suas estruturas e a sua capacidade de mobilização a serviço das paralisações desta quarta-feira, 15, dia nacional em protesto contra o PL 4330 que regulamenta os contratos de terceirização.

"Todas as nossas entidades têm de convocar, realizar algum ato. É nossa responsabilidade, porque estamos diante de um forte ataque do Congresso Nacional aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras", emendou o dirigente sindical.

Na avaliação de Vagner, como terceirizar é mais barato, os empresários e patrões vão poder terceirizar todas as suas atividades, em todos os seus departamentos e seções e haverá demissões.

"Ou seja, se o PL 4330 passar (ele já foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue agora para apreciação no Senado Federal) e virar realidade, você será demitido", alerta.

E exemplifica: "Por que um banco vai manter um caixa em sua agência se ele pode gastar bem menos com um correspondente bancário, contratando os serviços de uma lotérica ou agência de correio? Além disso, uma grande montadora vai demitir grupos de metalúrgicos e contratar uma pequena firma, uma retífica qualquer, para fazer determinados serviços."

Outra crítica do líder sindical diz que, ao contrário do que dizem os empresários, o PL 4330 não vai proteger quem já é terceirizado. "O projeto vai é tornar todo mundo terceirizado", disse, destacando que os terceirizados trabalham cerca de três horas a mais por semana e ganham, em média, 24% menos e, geralmente, não recebem equipamento ou uniformes adequados.

"Portanto, rapidamente, os brasileiros e brasileiras vão começar a perder os seus direitos. A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) vai desaparecer. Então, adeus 13º, férias remuneradas, vale-refeição, vale-transporte, descanso semanal remunerado. A CLT vai ser rasgada e jogada no lixo", afirmou.

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