Brasil

Sindicalista dá apoio e já pede cargo a Alckmin

O favorito a ser reeleito já neste domingo recebeu o apoio da União Geral dos Trabalhadores


	Geraldo Alckmin: ele agradeceu, mas evitou falar em composição de um novo governo
 (Edson Lopes Jr./Divulgação)

Geraldo Alckmin: ele agradeceu, mas evitou falar em composição de um novo governo (Edson Lopes Jr./Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 10h28.

São Paulo - Favorito a ser reeleito já neste domingo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), recebeu nesta quinta-feira, 3, o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e um pedido do presidente da entidade, Ricardo Pattah, para comandar a Secretaria do Trabalho.

A central representa 4 milhões de profissionais no Estado e seu dirigente é filiado ao PSD de Gilberto Kassab, candidato ao Senado na chapa de Paulo Skaf (PMDB).

"Nós queremos participar do seu governo. E queremos comandar a Secretaria do Trabalho. Temos ótimos nomes para isso", disse Pattah, em discurso diante de Alckmin e de outros sindicalistas na sede da UGT, no centro de São Paulo, na hora do almoço de ontem.

Hoje, a pasta do Trabalho está sob comando de Tadeu Morais, do Solidariedade (SDD), partido da coligação que apoia Alckmin.

Ao ouvir a mensagem dos sindicalistas e o pedido em relação à secretaria, Alckmin agradeceu, mas evitou falar em composição de um novo governo. Antes do evento, Pattah queixou-se aos jornalistas do fato de a UGT nunca ter participado diretamente de um governo.

O sindicalista reconheceu que o deputado estadual David Zaia (PPS), ex-titular da pasta de Gestão, representava a categoria, mas o objetivo é conquistar mais espaço no secretariado.

"A UGT nunca participou de governo. A gente tem o David Zaia, que faz a ponte conosco. Mas vamos apresentar quadros para o governador", disse. Aliado de Dilma Rousseff (PT) na disputa presidencial, Pattah disse que a UGT é "plural" no que diz respeito à ideologias políticas, mas há consenso em torno do pedido de "espaço" em um eventual novo mandato tucano. "A UGT nunca ficou à disposição de um partido", disse o sindicalista.

O encontro com Alckmin foi articulado pelo próprio presidente da UGT. Em seu discurso, Pattah disse que o apoio ao tucano é uma "unanimidade" na central e exaltou a abertura dada pelo tucano à categoria.

"Nos orgulhamos do governador que temos. É unanimidade que estamos contigo", disse. Enquanto falavam ao microfone, os sindicalistas presentes gritavam: "(Alckmin) é o melhor".

Dirigentes da UGT também entregaram ao tucano um documento com as demandas da categoria, entre elas o aumento do piso salarial. O governador prometeu atender as exigências contidas no documento.

Na luta

"Quero assumir esse compromisso. E no nosso programa de governo é emprego e salário mais alto. É o que diminui a pobreza. Essa é a nossa luta", afirmou o tucano, sob aplausos. Alckmin prometeu "canal aberto" com as centrais.

"É com grande alegria que venho aqui receber as propostas. E se Deus quiser, vamos continuar trabalhando juntos, de mãos dadas", afirmou. "Governo moderno é aquele que fica perto e entende os problemas da sociedade civil organizada."

O evento em que Alckmin recebeu o apoio da UGT não foi divulgado pela assessoria de imprensa da campanha. Ontem à noite, em evento anunciado aos jornalistas, o governador recebeu apoio de sindicalistas, a maior parte ligados à Força Sindical, vinculada ao Solidariedade. O tucano discursou e pediu votos para si e para o presidenciável do PSDB, Aécio Neves. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Geraldo AlckminGovernadoresOposição políticaPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSDBSindicatos

Mais de Brasil

Quero ser responsável pela vitória dele, diz Lula no lançamento da candidatura de Boulos em SP

Com esquerda em peso e até bolsonarista, PSD oficializa candidatura de Paes sem definir vice

Vamos colocar a periferia em primeiro lugar, diz Boulos ao oficializar candidatura ao lado de Lula

Fuad e Kassab apostam em discurso moderado e feitos da gestão para reeleição em prefeitura BH

Mais na Exame