Setor de máquinas e equipamentos pede barreiras contra importados
Associação nacional quer que governo adote uma política de preço mínimo de importação
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2010 às 19h55.
São Paulo – O setor de máquinas e equipamentos irá apresentar ao governo federal uma nova proposta para tentar barrar a forte importação de produtos do ramo. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) quer que o governo adote uma política de preço mínimo de importação, que levaria em conta a relação entre o valor médio do equipamento no mercado internacional e o peso.
“Qualquer importação que esteja fora do preço médio internacional passará a ter um controle rigoroso do governo. Os impostos passam a incidir como se o produto custasse 25 dólares por quilo [o preço médio internacional de determinado produto] e não os 6 dólares [preço do produto importado pelo Brasil] por quilo, por exemplo”, exemplificou o diretor de Competitividade da Abimaq, Fernando Bueno.
Há alguns meses, a entidade chegou a pedir ao governo a adoção de uma alíquota de 35% do Imposto de Importação de máquinas e equipamentos, que atualmente é de 14%. Mas não levou a proposta adiante. "Aquilo tem de ser interpretado da seguinte maneira: foi uma jogada política para mostrar que a luz vermelha acendeu”, disse o diretor.
No acumulado de janeiro a setembro de 2010, o país importou US$ 18,2 bilhões em máquinas e equipamentos, 31% a mais que no mesmo período de 2009. Estados Unidos, seguidos de China, Alemanha e Japão, são os principais exportadores para o mercado brasileiro.