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Servidor responsável por fraude em votação volta à Câmara

Oito meses ser revelada fraude na marcação de presença em plenário, o servidor responsáveis pela irregularidade voltou a comandar o painel eletrônico da Câmara Municipal

Plenário da Câmara Municipal de São Paulo: em nota, o atual presidente da Casal, José Américo (PT), lamentou o episódio (Renatto de Sousa/CMSP)
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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 10h18.

São Paulo - Oito meses após o jornal O Estado de S. Paulo revelar fraude na marcação de presença em plenário dos vereadores paulistanos, os servidores responsáveis pela irregularidade voltaram a comandar o painel eletrônico da Câmara Municipal, e sob o comando de José Luiz dos Santos, o Zé Careca.

Ontem à tarde, assim que foi visto pela reportagem, o assessor parlamentar abandonou o posto e pediu aos seguranças da Casa que impedissem que ele fosse fotografado.

Funcionário da Casa há mais de 30 anos, Santos atuava como uma espécie de 56.º vereador.

Apontado como chefe do esquema, acessava o painel com senhas pessoais dos parlamentares ausentes, assegurando assim quórum para início das sessões e pagamento integral dos salários - faltas rendem desconto de R$ 465 no holerite.

Em julho do ano passado, após a publicação da denúncia, o servidor havia sido afastado do cargo.

A ordem para voltar não partiu da presidência da Câmara. Segundo a reportagem apurou, Zé Careca não pediu autorização para voltar nem recebeu orientação para fazê-lo.


A decisão partiu do servidor, que pela primeira vez nos últimos oito meses resolveu sentar no local onde costumava acessar o sistema. Ele permaneceu lá até perceber que estava sendo fotografado. Imediatamente, levantou e contatou a polícia da Casa, solicitando a retirada do fotógrafo do mezanino.

Em nota, o atual presidente da Câmara Municipal, José Américo (PT), lamentou o episódio e informou que "qualquer veículo de comunicação ou profissional de imprensa pode registrar livremente, por meio de imagens, o que ocorre nas sessões plenárias".

A presidência também ressaltou que, por enquanto, não há qualquer tipo de impedimento legal que impeça o trabalho do servidor no plenário.

A fraude ainda é investigada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil. Na época, a reportagem constatou por meio de fotos e vídeos que pelo menos 17 vereadores eram favorecidos pelo esquema.

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São Paulo - Oito meses após o jornal O Estado de S. Paulo revelar fraude na marcação de presença em plenário dos vereadores paulistanos, os servidores responsáveis pela irregularidade voltaram a comandar o painel eletrônico da Câmara Municipal, e sob o comando de José Luiz dos Santos, o Zé Careca.

Ontem à tarde, assim que foi visto pela reportagem, o assessor parlamentar abandonou o posto e pediu aos seguranças da Casa que impedissem que ele fosse fotografado.

Funcionário da Casa há mais de 30 anos, Santos atuava como uma espécie de 56.º vereador.

Apontado como chefe do esquema, acessava o painel com senhas pessoais dos parlamentares ausentes, assegurando assim quórum para início das sessões e pagamento integral dos salários - faltas rendem desconto de R$ 465 no holerite.

Em julho do ano passado, após a publicação da denúncia, o servidor havia sido afastado do cargo.

A ordem para voltar não partiu da presidência da Câmara. Segundo a reportagem apurou, Zé Careca não pediu autorização para voltar nem recebeu orientação para fazê-lo.


A decisão partiu do servidor, que pela primeira vez nos últimos oito meses resolveu sentar no local onde costumava acessar o sistema. Ele permaneceu lá até perceber que estava sendo fotografado. Imediatamente, levantou e contatou a polícia da Casa, solicitando a retirada do fotógrafo do mezanino.

Em nota, o atual presidente da Câmara Municipal, José Américo (PT), lamentou o episódio e informou que "qualquer veículo de comunicação ou profissional de imprensa pode registrar livremente, por meio de imagens, o que ocorre nas sessões plenárias".

A presidência também ressaltou que, por enquanto, não há qualquer tipo de impedimento legal que impeça o trabalho do servidor no plenário.

A fraude ainda é investigada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil. Na época, a reportagem constatou por meio de fotos e vídeos que pelo menos 17 vereadores eram favorecidos pelo esquema.

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