Senadores tucanos pressionam Aécio contra situação provisória
A bancada do partido no Senado fez uma avaliação "profunda" dos últimos fatos envolvendo Aécio Neves, que retomou o mandato parlamentar na terça
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de outubro de 2017 às 14h52.
Brasília - Senadores tucanos presentes em reunião realizada na noite de quarta-feira, 18, pressionaram o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para que decida sobre sua continuidade na presidência do PSDB.
Horas antes, o senador Tasso Jeiressati (PSDB-CE), que é o presidente interino do PSDB, indicado ao posto pelo próprio Aécio, defendera a renúncia do senador mineiro do comando da legenda.
Aécio deixou a reunião antes do fim e se recusou a falar com a imprensa. Participaram do encontro nove senadores tucanos, dos 12 que compõem a bancada. "Ele saiu mais cedo porque tinha que viajar", justificou Tasso.
Segundo o interino, a bancada do partido no Senado fez uma avaliação "profunda" dos últimos fatos envolvendo Aécio Neves, que retomou o mandato parlamentar na terça-feira, 17. Tasso anunciou que o partido vai aguardar que o próprio Aécio, presidente licenciado do partido, tome uma decisão sobre sua continuidade à frente da legenda.
"Em que nós fizemos uma avaliação profunda dos últimos acontecimentos e sobre o futuro próximo do partido, que rumos o partido deve tomar nos próximos dias. A decisão final sobre qualquer medida que venha a ser tomada para essa definição ficará a critério do senador Aécio Neves que vai fazer uma avaliação política, pessoal, sobre todas essas questões que foram colocadas por todos os senadores e vai em cima dessa sua avaliação tomar uma decisão e nós vamos aguardar", afirmou o senador cearense.
Tasso não quis colocar um prazo para que o político mineiro anuncie sua decisão, mas disse que isso deve ocorrer na próxima semana. "Eu acho que nós vivemos um momento muito delicado e esse momento exige uma definição, qualquer que seja, definitiva. Não podemos mais ficar em situações provisórias, mesmo com o curto prazo quando nós vamos ter eleição em dezembro", defendeu.