Aécio: "As denúncias tornadas públicas hoje do depoimento de um ex-dirigente da Petrobras são estarrecedoras" (Jefferson Rudy/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 18h44.
São Paulo - Os tucanos reagiram rápido ao depoimento do ex-gerente de engenharia da Petrobras, Pedro José Barusco Filho, concedido em acordo de delação premiada.
Ele avalia que o PT tenha recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras, como o da refinaria Abreu e Lima, em construção em Pernambuco.
"O depoimento é mais prego no caixão do PT. Os indícios de propina são evidentes", disse ao Estado o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).
Ele pontuou, ainda, que a metodologia do esquema investigado pela Operação Lava Jato "é a mesma do mensalão".
"Enquanto o mensalão era investigado, esta turma estava em plena operação. É a mesma metodologia".
Barusco afirmou que o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, participou do suborno.
Vaccari Neto, de acordo com ele, ficou, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões.
Em nota oficial, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, comentou a deflagração da nona fase da operação Lava Jato da Polícia Federal, que levou à intimação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Leia abaixo a fala do senador: "As denúncias tornadas públicas hoje do depoimento de um ex-dirigente da Petrobras são estarrecedoras. Durante a campanha eleitoral, eu várias vezes cobrava, inclusive da candidata Dilma Rousseff, uma posição sobre se ela confiava ou não no tesoureiro do seu partido, hoje, denunciado por este dirigente da Petrobras como o receptor de parte deste recurso desviado. Nada como o tempo para trazer luz à verdade".