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Senado aprova jugalmento e Dilma vira ré no impeachment

Essa era a última chance da petista para se livrar da sentença final do Senado, mas resultado aponta derrota no julgamento final

Presidente afastada Dilma Rousseff em conferência em Brasília, dia 13/05/2016 (Ueslei Marcelino / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 15h18.

São Paulo/Brasília – O Senado Federal selou, na madrugada desta quarta-feira (10), o destino do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff ( PT ), que  a partir de agora vira ré e deve encarar o julgamento final.

Com 59 votos a favor e 21 contra, o Senado aprovou o parecer do senador Antonio Anastasia, relator do caso, pela continuidade do processo.

A votação foi dividida em cinco fases. Na primeira, o plenário da Casa rejeitou por 59 votos a 21 as questões preliminares apresentadas pela defesa de Dilma, mantendo assim o texto original do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB), relator do caso no Senado.

Com 58 votos a favor e 22 contra, os senadores decidiram que a presidente afastada deve ser julgada pelas chamadas pedaladas fiscais. Na mesma proporção, os senadores aceitaram julgar o decreto de 27 de julho de 2015 que liberou R$ 29 bilhões em créditos suplementares e, com o placar de 59 a 21,

Essa era a última chance da petista para se livrar da sentença final do Senado. Mas o resultado desfavorável a ela já era dado como certo há alguns dias.

Para garantir a continuidade do processo contra a petista, bastava que a maioria simples dos deputados aprovasse a possibilidade de julgar Dilma.  Mas a oposição ao governo Dilma  conseguiu mais do que isso.

Se o placar de hoje se manter no julgamento final, a Casa já teria mais do que o necessário para impedir o mandato da presidente afastada. Vale lembrar: para que o processo seja levado a cabo, é necessário que 2/3 (54 votos) dos senadores o aprovem.

A sessão começou por volta das 9h20 de terça (9) e transcorreu sem grandes surpresas—exceto por uma manobra de aliados do governo interino, que abdicaram de seu direito de discursar para acelerar o andamento do rito. Com isso, a votação, que estava prevista para durar por até 30 horas, foi concluída em cerca de 17 horas.

Agora, a presidente afastada Dilma Rousseff segue para o julgamento final. Para analistas consultados por EXAME.com, chances da petista reverter o impeachment são remotas.

Após a votação, o advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, afirmou que o resultado da sessão de pronúncia do processo de impeachment "não deve refletir diretamente no resultado do julgamento final". Cardozo reforçou que "tudo segue indefinido".

Anastasia, por sua vez, comemorou o aumento do apoio ao seu parecer. Ele acredita que o número de votos a favor do afastamento definitivo de Dilma deve aumentar no julgamento final. No mesmo sentido, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) avalia que não é possível que o número de senadores favoráveis  ao impedimento do mandato da petista diminua. "É inadmissível que sejam menos de 59 votos no julgamento final", disse.

O que acontece agora

A acusação terá até 48 horas para apresentar o chamado “libelo acusatório”, documento que consolida as acusações e provas produzidas contar a petista. Além disso, eles devem entregar uma lista de seis testemunhas.

Os autores da denúncia, os juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, já adiantaram que devem entregar o documento em 24 horas.

A defesa terá, então, 48 horas para apresentar uma resposta à acusação e também uma lista com seis testemunhas. José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, já disse que usará todo o prazo.

Todo o processo será encaminhado ao presidente do Supremo que, respeitando um prazo mínimo de dez dias, poderá marcar a data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas.

Veja como foi a sessão

EXAME.com cobriu a sessão de hoje em tempo real e com detalhes dos bastidores. Veja aqui como foi.

Relembre o processo

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São Paulo/Brasília – O Senado Federal selou, na madrugada desta quarta-feira (10), o destino do processo de impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff ( PT ), que  a partir de agora vira ré e deve encarar o julgamento final.

Com 59 votos a favor e 21 contra, o Senado aprovou o parecer do senador Antonio Anastasia, relator do caso, pela continuidade do processo.

A votação foi dividida em cinco fases. Na primeira, o plenário da Casa rejeitou por 59 votos a 21 as questões preliminares apresentadas pela defesa de Dilma, mantendo assim o texto original do parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB), relator do caso no Senado.

Com 58 votos a favor e 22 contra, os senadores decidiram que a presidente afastada deve ser julgada pelas chamadas pedaladas fiscais. Na mesma proporção, os senadores aceitaram julgar o decreto de 27 de julho de 2015 que liberou R$ 29 bilhões em créditos suplementares e, com o placar de 59 a 21,

Essa era a última chance da petista para se livrar da sentença final do Senado. Mas o resultado desfavorável a ela já era dado como certo há alguns dias.

Para garantir a continuidade do processo contra a petista, bastava que a maioria simples dos deputados aprovasse a possibilidade de julgar Dilma.  Mas a oposição ao governo Dilma  conseguiu mais do que isso.

Se o placar de hoje se manter no julgamento final, a Casa já teria mais do que o necessário para impedir o mandato da presidente afastada. Vale lembrar: para que o processo seja levado a cabo, é necessário que 2/3 (54 votos) dos senadores o aprovem.

A sessão começou por volta das 9h20 de terça (9) e transcorreu sem grandes surpresas—exceto por uma manobra de aliados do governo interino, que abdicaram de seu direito de discursar para acelerar o andamento do rito. Com isso, a votação, que estava prevista para durar por até 30 horas, foi concluída em cerca de 17 horas.

Agora, a presidente afastada Dilma Rousseff segue para o julgamento final. Para analistas consultados por EXAME.com, chances da petista reverter o impeachment são remotas.

Após a votação, o advogado de defesa de Dilma, José Eduardo Cardozo, afirmou que o resultado da sessão de pronúncia do processo de impeachment "não deve refletir diretamente no resultado do julgamento final". Cardozo reforçou que "tudo segue indefinido".

Anastasia, por sua vez, comemorou o aumento do apoio ao seu parecer. Ele acredita que o número de votos a favor do afastamento definitivo de Dilma deve aumentar no julgamento final. No mesmo sentido, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) avalia que não é possível que o número de senadores favoráveis  ao impedimento do mandato da petista diminua. "É inadmissível que sejam menos de 59 votos no julgamento final", disse.

O que acontece agora

A acusação terá até 48 horas para apresentar o chamado “libelo acusatório”, documento que consolida as acusações e provas produzidas contar a petista. Além disso, eles devem entregar uma lista de seis testemunhas.

Os autores da denúncia, os juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Paschoal, já adiantaram que devem entregar o documento em 24 horas.

A defesa terá, então, 48 horas para apresentar uma resposta à acusação e também uma lista com seis testemunhas. José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, já disse que usará todo o prazo.

Todo o processo será encaminhado ao presidente do Supremo que, respeitando um prazo mínimo de dez dias, poderá marcar a data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas.

Veja como foi a sessão

EXAME.com cobriu a sessão de hoje em tempo real e com detalhes dos bastidores. Veja aqui como foi.

Relembre o processo

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