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Se for "emparedado", Cunha solta impeachment, avalia petista

A situação do governo ficou ainda mais delicada na semana passada com a prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS)


	Eduardo Cunha: A situação do governo ficou ainda mais delicada na semana passada com a prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral
 (José Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: A situação do governo ficou ainda mais delicada na semana passada com a prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 11h25.

Brasília - Na bancada do PT no Conselho de Ética, o discurso favorável ao voto do relatório de Fausto Pinato (PRB-SP) mudou.

Zé Geraldo (PA), Valmir Prascidelli (SP) e Léo de Brito (AC) reúnem-se para discutir como se comportarão na sessão desta terça-feira, 1, quando será votado o parecer do relator pelo seguimento do processo contra Eduardo Cunha.

Apesar de dizer que seu voto ainda não está definido, Zé Geraldo admite claramente estar disposto a sacrificar seu discurso para tentar salvar a presidente Dilma Rousseff de um processo de impeachment e o governo de uma retaliação a partir da reprovação de projetos importantes.

"Minha avaliação é que se ele (Cunha) for emparedado, solta o impeachment e aí é o pior dos mundos", afirmou o deputado.

Para o deputado, a sessão desta tarde "é política pura" e, mesmo que os petistas saiam da reunião de logo mais com uma definição, a postura deles pode mudar durante a votação.

"Não vamos pela salvação do Cunha, vamos votar pelo País, pelo emprego, pela economia", afirmou Zé Geraldo. Para Cunha, os votos dos petistas são essenciais. Hoje, ele tem entre nove e dez dos 21 votos do colegiado.

A situação do governo ficou ainda mais delicada na semana passada com a prisão do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT-MS).

"Nossa avaliação é que o cenário piorou ainda mais com essa instabilidade do Senado. A Casa, que matou no peito muitas pautas bombas, também está enfraquecida", afirmou.

Questionado sobre como explicar para seu eleitorado a mudança de discurso, o petista respondeu assim: "Em nome do Brasil, vou me sentir até poderoso se isso resolver a situação do Brasil. Vou me sentir muito útil, muito embora tenha muita incompreensão. Mas meu voto não está definido", afirmou.

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